Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025

Home Variedades Bombinha para asma tem impacto ambiental equivalente a mais de meio milhão de carros, diz estudo

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Os inaladores dos quais as pessoas dependem para respirar também estão aquecendo o planeta, produzindo emissões anuais equivalentes a mais de meio milhão de carros somente nos Estados Unidos, disseram pesquisadores nesta segunda-feira em um novo estudo. Usando um banco de dados nacional de medicamentos, pesquisadores das universidades da Califórnia, de Los Angeles e de Harvard analisaram a poluição do aquecimento global proveniente de três tipos de inaladores usados ​​para tratar asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) entre 2014 e 2024.

O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), descobriu que os inaladores usados ​​por pacientes dos EUA com seguro comercial e os programas governamentais Medicaid e Medicare geraram 24,9 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente ao longo da década.

Os inaladores dosimetrados, ou “puffers”, foram de longe os mais nocivos, respondendo por 98% das emissões. Eles usam recipientes pressurizados contendo propelentes de hidrofluoroalcano (HFA) — gases de efeito estufa potentes — para administrar medicamentos.

Em contraste, os inaladores de pó seco e de névoa suave não usam propelentes. Os primeiros dependem da respiração do paciente para liberar o medicamento, e os últimos transformam o líquido em um spray fino — tornando ambos muito menos prejudiciais ao planeta.

“Quinhentos e trinta mil carros nas ruas a cada ano é muito, e acho que esse é um tópico muito importante porque pode ser corrigido. Há maneiras fáceis de reduzir as emissões”, disse à AFP o autor principal William Feldman, pneumologista e pesquisador da UCLA.

Do ponto de vista médico, apenas uma pequena fração de pacientes necessita de inaladores dosimetrados. Crianças muito pequenas precisam de espaçadores — câmaras valvuladas que ajudam a levar o medicamento aos pulmões —, e estes só funcionam com dispositivos dosadores. Idosos frágeis com pulmões fracos também podem precisar de inaladores, pois não conseguem gerar força de inalação suficiente.

“Mas a grande maioria das pessoas poderia usar inaladores de pó seco ou névoa suave”, disse Feldman, observando que países como Suécia e Japão usam inaladores alternativos sem qualquer perda nos resultados de saúde.

Custo alto

A adoção mais lenta de inaladores mais ecológicos nos EUA, ele acrescentou, decorre de barreiras de mercado e de seguros. Existe uma versão em pó seco do albuterol, o medicamento inalatório mais comumente usado, mas muitas vezes não é coberto pelo seguro, o que o torna mais caro.

Outro medicamento, a budesonida-formoterol, é amplamente vendido na forma de pó seco na Europa, mas não está disponível nos Estados Unidos. Feldman enfatizou que o objetivo da pesquisa não é culpar os pacientes, mas destacar a necessidade de reforma de políticas e preços.

“Não queremos de forma alguma estigmatizar pacientes com asma e DPOC”, disse ele. “Acredito que é nossa responsabilidade, como sociedade, levar esses medicamentos aos pacientes de forma sustentável, e isso, em última análise, cabe aos níveis mais altos.”

Um comentário relacionado da JAMA, escrito por Alexander Rabin, da Universidade de Michigan, e outros, ecoou que as seguradoras e os formuladores de políticas devem garantir que os inaladores de baixa emissão sejam acessíveis e acessíveis a todos.

Eles alertaram que vários novos inaladores dosados ​​com baixo impacto no aquecimento global devem ser lançados nos EUA como produtos de marca de alto preço, “aumentando o risco de que pacientes sem cobertura de seguro robusta […] possam ser deixados para trás”. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

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