Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de maio de 2023
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro que resultaram na invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, mira ao menos 45 militares para depor ao colegiado. As informações são do colunista Lauro Jardim, que fez um levantamento com base nos requerimentos apresentados até agora por deputados e senadores à comissão.
Na lista estão nomes como do ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto; o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo de Jair Bolsonaro (PL), Augusto Heleno; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; e o ex-major Ailton Barros, preso por suspeita de envolvimento no esquema de falsificação de cartões de vacina.
Há ainda nomes como Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI; Júlio César Arruda, ex-comandante do Exército; general Marcos Amaro, atual titular do GSI; e o general Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
Até as 21h da sexta-feira 26, a CPMI recebeu um total de 396 requerimentos, sendo 244 pedidos para convocação de depoentes e quatro convites; e 82 requerimentos de acesso a documentos oficiais. Além disso, recebeu 48 pedidos de quebra de sigilo.
Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos possíveis alvos da CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Na sexta-feira (26), o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou um requerimento de convite para que o ex-mandatário preste esclarecimentos. Governistas veem Bolsonaro como um possível incentivador e “mentor intelectual” dos ataques.
Outros nomes ligados ao ex-presidente também podem ter que depor à CPMI. O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, é alvo de 11 pedidos de convite ou convocação – quando há a obrigação de comparecimento.
Também pode ser chamado à comissão um sócio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que é membro do colegiado. Paulo Generoso, fundador do Movimento República Curitiba, disseminou notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, já teve as redes sociais bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por apoiar atos que questionavam o resultado das eleições de 2022.
Alguns dos invasores do dia 8 de janeiro também podem ter que comparecer à CPMI. Antônio Cláudio Alves Ferreira, que destruiu um relógio do século XVII, no Palácio do Planalto, que pertenceu a Dom João VI, é alvo de três pedidos de convocação.