Sábado, 08 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de novembro de 2025
O número de agências bancárias no Brasil atingiu um pico em março de 2015, com 23.154 unidades. Desde então, vem caindo de maneira praticamente ininterrupta até os dias de hoje, movimento que foi acelerado pela digitalização dos clientes trazida pela pandemia de coronavírus. O dado mais recente do Banco Central (BC), de setembro, mostra que atualmente existem 15.529 agências no país, uma queda de 7.625 desde o pico, ou 32,9%.
Há dez anos, as maiores redes de agências eram de: Banco do Brasil (5.544), Bradesco (4.654), Itaú (3.847), Caixa (3.401) e Santander (2.641). Hoje, os líderes são BB (3.987), Caixa (3.212), Bradesco (2.104), Itaú (1.649) e Santander (2.017). No período, quem mais fechou agências foi o Bradesco (2.550), seguido de Itaú (2.198), BB (1.557), Santander (2.017). No período, quem mais fechou agências foi o Bradesco (2.550), seguido de Itaú (2.198), BB (1.557), Santander (624) e Caixa (189).
Além das agências, existem atualmente no Brasil 11.527 postos de atendimento (PAs) físicos. Em março de 2015, eram 10.474, ou seja, houve uma alta de 1.053 (ou 7,5%).
Os PAs são estruturas mais simples, subordinados a uma agência, e que não contam, por exemplo, com serviços como câmbio, operações de tesouraria, fundos de investimentos para clientes qualificados, entre outros. Além disso, muitos não são abertos ao público geral, são pontos de atendimento dentro de determinadas empresas, repartições públicas, universidades, etc, destinados única e exclusivamente aos membros daquela instituição.
Com o avanço da tecnologia e a digitalização dos serviços financeiros – impulsionada pela pandemia – os grandes bancos vêm fechando agências, aproveitando a queda na demanda por atendimento físico para reduzir gastos. Muitas são transformadas em PAs, que, por não lidarem com numerário e não precisarem de cofre, porta giratória, entre outras coisas, exigem gastos bem inferiores.
Na teleconferência de resultados do terceiro trimestre, o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, comentou que o banco fechou 1,6 mil pontos de atendimento físico nos últimos 12 meses, acima da meta, e deve fechar mais quase 1 mil nos próximos 12 meses. A “revisão do ‘footprint’”, como ele chama, é um elemento importante do banco para ganhar eficiência.
Já o CEO do Santander, Mario Leão, afirmou que a redução do número de agências não é feita para diminuir despesas, mas para adequar a infraestrutura física do bancos às novas demandas dos clientes, que hoje usam muito mais os canais digitais. Ainda assim, não descartou novos fechamentos. “Vamos seguir com a agenda de eficiência e isso, eventualmente, deriva para a redução de processos, agências, pessoas.”
O número divulgado pelo BC, de 2.017 agências do Santander, diverge bastante daquele divulgado pelo banco, que afirma ter 961 unidades. Uma provável explicação é que, quando um banco funde agências, a mesma unidade pode ficar com dois números diferentes, apesar de existir apenas um edifício.
A CEO do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, comentou em um evento que a instituição foi a única que não fechou agências nos últimos dois anos. “Nós queremos uma inovação que inclua a todos. Somos o único banco que não fechou nenhum ponto de atendimento. A rede física precisa se transformar, mas ela tem que existir, porque o brasileiro gosta de ir na agência”. Com informações do portal Valor Econômico.