Terça-feira, 08 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de junho de 2022
O Brasil detém o pouco honroso primeiro lugar no pódio do ranking de maiores juros reais do mundo, conforme levantamento da gestora Infinity Asset, levando em consideração a alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros anunciada hoje pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Com a nova elevação, a 11ª consecutiva, a taxa básica de juros (Selic) alcança 13,25% ao ano. A taxa real é o juro nominal com o desconto da inflação.
Na configuração macroeconômica atual, com a nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o Brasil passa a ter taxa real de juros de 8,10% ao ano, patamar 3,62 pontos percentuais acima da segunda colocação, que está com o México, com 4,48% de juros reais ao ano. O Brasil conquistou a primeira colocação desde a penúltima reunião do Copom.
Entre 167 países analisados, 62,28% tiveram seus juros mantidos na última reunião do respectivo banco central, 33,53% aumentaram e 4,19% cortaram.
“Ainda que se preservem parte dos programas de alívio quantitativo, o movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, em especial devido à guerra, aos recentes choques de oferta e perspectiva de alta nas commodities, com diversas altas de juros”, afirma a Infinity, em relatório.
O cálculo da gestora considera a inflação projetada para os próximos 12 meses, coletada do relatório Focus, de 5,32%, e a taxa de juros do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) a mercado dos próximos 12 meses no vencimento mais líquido (de julho de 2023, neste caso), referência para mostrar a expectativa do mercado em relação aos próximos movimentos do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Lista:
1) Brasil: 8,10%
2) México: 4,48%
3) Colômbia: 4,47%
4) Chile: 3,02%
5) Indonésia: 2,77%
6) Turquia: 1,98%
7) Filipinas: 1,21%
8) África do Sul: 1,15%
9) Índia: 1,02%
10) Hong Kong: 0,55%
11) Malásia: 0,38%
12) Coreia do Sul: -0,02%
13) China: -0,09%
14) Hungria: -0,37%
15) Israel: -0,48%
16) Suíça: -0,60%
17) Nova Zelândia: -0,79%
18) Japão: -1,05%
19) Reino Unido: -1,20%
20) Canadá: -1,40%
21) Rússia: -1,68%
22) Austrália: -1,82%
23) Singapura: -1,95%
24) Dinamarca: -2,67%
25) Estados Unidos: -3,07%
26) Tailândia: -3,21%
27) Suécia: -3,37%
28) Polônia: -3,58%
29) França: -3,66%
30) Taiwan: -3,95%
31) Portugal: -4,20%
32) Grécia: -4,66%
33) República Tcheca: -4,67%
34) Áustria: -4,83%
35) Itália: -4,92%
36) Alemanha: -5,55%
37) Espanha: -6%
38) Bélgica: -6,59%
39) Holanda: -6,64%
40) Argentina: -14,16%
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira subiu para a terceira posição, depois que a Rússia cortou sua taxa no início deste mês.
Veja:
1) Argentina: 49%
2) Turquia: 14%
3) Brasil: 13,25%
4) Rússia: 9,50%
5) Chile: 9%
6) México: 7%
7) Colômbia: 6%
8) Polônia: 6%
9) Hungria: 5,90%
10) República Checa: 5,75%
11) Índia: 5,40%
12) África do Sul: 4,75%
13) China: 4,35%
14) Indonésia: 3,50%
15) Filipinas: 2,25%
16) Malásia: 2%
17) Nova Zelândia: 2%
18) Coreia do Sul: 1,75%
19) Hong Kong: 1,25%
20) Canadá: 1,50%
21) Estados Unidos: 1,50%
22) Tailândia: 1,41%
23) Taiwan: 1,38%
24) Reino Unido: 1%
25) Austrália: 0,85%
26) Israel: 0,75%
27) Cingapura: 0,64%
28) Suécia: 0,25%
29) Alemanha: 0
30) Áustria: 0
31) Bélgica: 0
32) Espanha: 0
33) França: 0
34) Grécia: 0
35) Holanda: 0
36) Itália: 0
37) Portugal: 0
38) Japão: -0,10%
39) Dinamarca: -0,60%
40) Suíça: -0,75%.
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