Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Brasil Brasil tem novo recorde na média móvel de casos conhecidos de Covid em 24 horas

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O Brasil registrou nesta quinta-feira (20) 168.060 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 23.588.921 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 110.442 – a maior marca registrada até aqui. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +373%, indicando tendência de alta nos casos da doença.

O País também registrou 324 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 622.251 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 235 – a maior registrada desde 17 de novembro. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +114%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.

Dessa forma, a média móvel de vítimas atinge agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro (leia mais abaixo). Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Instabilidade nos sistemas

Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os Estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.

Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.

No início de janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual.

Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem pesquisadores.

“A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior”, diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.

“A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem”, afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.

Curva de mortes nos Estados

Em alta (20 Estados): AL, SP, CE, RN, AP, MG, TO, RS, GO, SE, MS, SC, ES, MT, AM, MA, PI, BA, PB e RJ
Em estabilidade (2 Estados e o DF): PR, RR e DF
Em queda (4 Estados): RO, PA, PE e AC

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás.

Há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.

Vacinação

Os dados do consórcio de veículos de imprensa desta quinta-feira (20) mostram que 148.164.207 pessoas estão totalmente imunizadas. Este número representa 68,97% da população. A dose de reforço foi aplicada em 38.376.433 pessoas, o que corresponde a 17,86% da população.

9 Estados não divulgaram dados da vacinação.

Estados com maiores percentuais de totalmente imunizados (2ª dose + dose única): SP (78,93%), PI (75,65%), SC (74,76%), MG (73,07%), MS (72,25%).

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