Terça-feira, 17 de Setembro de 2024

Home Economia Cálculo do rendimento médio do brasileiro por estado mostra desigualdade no País

Compartilhe esta notícia:

O IBGE calculou o rendimento dos brasileiros no ano passado. Quem vive no estado do Maranhão recebeu, em média, R$ 2 mil a menos que os moradores do Distrito Federal.

De mesa em mesa, na simpatia e competência, o garçom Leonardo Chagas Ferreira vai conquistando a clientela do restaurante. Ele deixou Porto Alegre no ano passado, depois de ficar quatro meses sem emprego.

“Fui nos bairros onde tem mais restaurantes, que é minha área. Ou vários fechados ou não tinha vagas”, conta. E quando surgiu uma nova oportunidade… “Meu irmão já morava, há um ano e pouco no Rio. Conseguiu uma vaga e eu me joguei. Essa mudança foi superboa para mim. Pago menos aluguel e recebo mais”, diz.

Com o salário e os 10%, ele chega a tirar até R$ 2 mil por mês, valor acima até do rendimento médio do brasileiro, que segundo o IBGE, foi de R$ 1.625 por mês em 2022. Nesse cálculo, o instituto leva em conta os rendimentos do emprego formal, do trabalho informal, além de pensões, aposentadorias e benefícios sociais.

Como o IBGE não corrigiu os valores pela inflação do período, não é possível se fazer uma comparação com pesquisas anteriores, mas o economista Lucas Assis, da Tendências Consultoria, diz que houve um claro aumento na renda no ano passado.

“No ano de 2022, com o maior folego da atividade econômica no início do ano, especialmente, houve ali uma maior geração de postos de trabalho com carteira assinada ou CNPJ, e isso acabou melhorando, relativamente, as condições do mercado de trabalho, ampliando ali o rendimento real dos trabalhadores”, explica.

Esse levantamento do IBGE não leva em conta o mapa do Brasil de forma geral apenas. Ele vai no detalhe de cada estado e aí as diferenças ficam claras e mostram que o nosso país ainda é extremamente desigual.

O estado com menor renda por morador é o Maranhão: pouco mais de R$ 800 por mês. Até a faixa de R$ 1.379, todos são estados das regiões Norte e Nordeste. As regiões do Centro-Oeste, Sul e Sudeste têm as maiores médias. Na faixa acima de R$ 2 mil estão Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e o Distrito Federal. Os demais estados destas regiões têm rendas que variam entre R$ 1.529, como Minas Gerais, e R$ 1.971, no Rio de Janeiro.

O economista Lucas Assis afirma que emprego de qualidade é uma ferramenta muito importante para a geração de renda e redução de desigualdades, mas não é só.

“É preciso também enfrentar outras frentes, como, por exemplo, questões como saúde, educação, moradia, e não somente o ingresso no mercado de trabalho, que é uma importante forma, sim, de se reduzir a pobreza”, afirma.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Guerra na Ucrânia: por que os planos de Putin falharam e o que a Rússia quer
Resultados da nona rodada mantêm o Grêmio em posição confortável na tabela do Gauchão
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News