Domingo, 02 de Novembro de 2025

Home Brasil Câmara dos Deputados aprova projeto de lei do Novo Ensino Médio, com grade horária flexível

Compartilhe esta notícia:

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do PL 5230/23, que redefine a Política Nacional do Ensino Médio. Os deputados também analisaram e rejeitaram todos os destaques apresentados pelos partidos sobre o texto. Agora, o projeto será apreciado pelo Senado.

O projeto é de autoria do Poder Executivo, e foi relatado pelo deputado federal Mendonça Filho (União-PE), que era o ministro da Educação durante a gestão do ex-presidente Michel Temer. Dentre as principais alterações ao que havia sido estabelecido na reforma de 2017 está a composição da carga horária dos estudantes.

Mantendo as 3 mil horas de ensino ao longo do ensino médio, o projeto aumenta a porcentagem destinada aos componentes obrigatórios. Sendo assim:

* A formação geral básica será de 2.400 horas para estudantes do curso regular somadas a 600 horas destinadas aos itinerários formativos.

O relator também acolheu emendas e alterou a carga horária dos componentes obrigatórios para os estudantes que optarem pelo ensino técnico.

* No texto original do projeto, a carga das disciplinas obrigatórias era de 1.800 horas para alunos do ensino técnico, mas passou para 2.100.

Mendonça Filho, porém, abriu um parêntese para a possibilidade de uma “intersecção” entre curso técnico e de formação geral, quando houver necessidade de expandir as horas destinadas ao ensino técnico.

“Teríamos que compatibilizar parte da formação geral básica com a formação técnica, numa interseção e numa conciliação permitindo que esses cursos permaneçam sendo ofertados”, disse durante a apresentação da emenda.

Itinerários 

Nas horas destinadas aos itinerários formativos, o estudante irá escolher entre essas quatro áreas para se aprofundar:

* Linguagens e suas tecnologias;
* Matemática e suas tecnologias;
* Ciências da natureza e suas tecnologias;
* Ciências humanas e sociais aplicadas.

Um dos pontos de maior descontentamento por parte do governo foi a retirada da língua espanhola como obrigatória. O texto-base considera que, agora, as secretarias estaduais poderão definir se o espanhol será incluído como língua preferencial.

Reação

O ministro da Educação, Camilo Santana, acompanhou a votação da proposta e disse que o diálogo garantiu o retorno das 2.400 horas de formação geral básica, a essência do projeto, segundo ele.

“Garantimos a formação geral básica boa, retomando a carga horária, e também garantimos o ensino técnico profissionalizante, que é o que queremos avançar no Brasil”, disse à Agência Câmara de Notícias.

Ele afirmou que, durante a consulta pública feita pelo Ministério da Educação em 2023, 80% dos estudantes defenderam o ensino técnico profissionalizante integrado com o ensino médio.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Taxa básica de juros, a Selic: Banco Central passou a sinalizar apenas um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião
Robinho já está na Penitenciária de Tremembé para cumprir pena de nove anos em regime fechado por estupro
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Pampa News