Terça-feira, 21 de Outubro de 2025

Home Porto Alegre Campanha incentiva passageiros a denunciarem casos de abuso sexual nos ônibus de Porto Alegre

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A partir desta segunda-feira (3), toda a frota de ônibus de Porto Alegre terá cartazes com números de contato da Brigada Militar e Polícia Civil para denúncias de assédio e abuso sexual nos coletivos. Trata-se de uma campanha lançada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) em parceria com a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP).

Com o slogan “No ônibus o abuso não passa livre” e o reforço na informação de que esse tipo de conduta é crime, a iniciativa estimula vítimas e testemunhas a não se calarem. A forma e o conteúdo são didáticos, com ilustrações que simulam casos de assédio – tocar ou mesmo fotografar uma pessoa sem o consentimento dela são alguns dos exemplos, assim como proferir falas ofensivas e impróprias.

O cartaz será veiculado por um prazo mínimo de três meses. Mas a ideia da ATP é de que a campanha se prolongue por meio da afixação de adesivos nas janelas dos ônibus.

Aliás, para denunciar esse tipo de atitude, dentro ou fora do transporte coletivo, qualquer cidadão pode recorrer aos telefones 180 (Disque Denúncia), 190 (Brigada Militar), 197 (Polícia Civíl) ou 153 (Guarda Municipal).

“Não vamos tolerar qualquer comportamento que possa colocar em risco a dignidade e a segurança dos usuários do transporte coletivo”, salienta o diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramires. “É fundamental que cada passageiro e trabalhador do segmento saibam como agir para coibir esses crimes.”

A presidente da ATP, Tula Vardaramatos, acrescenta: “Sabemos que a campanha não impede o cometimento de abusos. Mas a intenção é, caso ocorram, não passem impunes. E que todo mundo reflita sobre a importância de encaminhar denúncia, também contando para isso com informações sobre canais oficiais destinados a essa finalidade”.

Iniciativa anterior

A campanha não é inédita em Porto Alegre. Em 2017, primeiro ano da gestão do então prefeito Nelson Marchezan Júnior, a ATP e a EPTC aproveitaram o “gancho” do Dia Internacional Contra a Violência de Gênero (25 de novembro) para afixar em todos os os ônibus locais uma série de cartazes com números do disque-denúncia e a frase “Meu corpo não é público! Assédio sexual é crime”.

Daquela vez, a iniciativa prosseguiu até 10 de dezembro (Dia dos Direitos Humanos) e incluiu ações educativas na Central de Atendimento do cartão Tri, no Centro Histórico.  Dados da época já apontavam a capital gaúcha como a quarta capital brasileira no ranking de registros de abusos cometidos dentro de veículos do transporte coletivo.

(Marcello Campos)

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