Por Redação Rádio Pampa | 3 de setembro de 2025
O Grêmio viveu um episódio inusitado e controverso nos últimos dias da janela de transferências. Um dos patrocinadores do clube, em parceria com a diretoria, lançou uma campanha chamada “Movimento Imortal”, que convidava os torcedores a fazerem doações via PIX com a promessa de ajudar na contratação de uma grande estrela para o elenco. A ação, divulgada com entusiasmo nas redes sociais, rapidamente ganhou repercussão — mas não exatamente da forma esperada.
A proposta era clara: mobilizar a torcida para contribuir financeiramente com o clube, em um esforço coletivo para viabilizar a chegada de um reforço de peso. Influenciadores ligados ao Grêmio também participaram da divulgação, alimentando a expectativa de que um nome de impacto seria anunciado até a meia-noite do dia 2 de setembro, prazo final da janela.
No entanto, o que se seguiu foi uma enxurrada de críticas e frustrações. Com o passar das horas e nenhum anúncio oficial, torcedores começaram a se manifestar nas redes sociais, cobrando explicações e demonstrando indignação. Muitos se sentiram enganados, como se a campanha tivesse sido uma jogada de marketing sem respaldo concreto. Comentários como “70% da torcida acordada até agora esperando o camisa 10” e “É em qual fuso, só para eu me organizar aqui?” ilustram o tom de ironia e desapontamento que tomou conta da comunidade gremista.
A repercussão negativa foi tão intensa que o clube precisou se pronunciar oficialmente. Em nota, o Grêmio afirmou que a campanha teve como objetivo contribuir com as ações de contratação no último dia da janela, mas que as negociações ainda estavam em andamento. O clube também lamentou qualquer mal-entendido e pediu desculpas aos torcedores que se sentiram frustrados com a iniciativa.
Apesar da tentativa de esclarecimento, o episódio levantou questões importantes sobre transparência, responsabilidade e o papel dos patrocinadores nas decisões estratégicas do clube. Muitos torcedores questionaram a falta de clareza sobre o destino dos recursos arrecadados e se realmente havia uma negociação concreta em curso. Outros apontaram que o pedido de doações deveria vir acompanhado de garantias mínimas ou, ao menos, de uma comunicação mais honesta.
A ideia de envolver a torcida em ações colaborativas não é nova no futebol, e pode ser positiva quando bem executada. No entanto, no caso do Grêmio, a falta de resultados imediatos e a ausência de informações claras transformaram uma campanha promissora em um motivo de revolta. Agora, resta ao clube não apenas tentar concretizar a contratação prometida, mas também reconstruir a confiança de uma torcida que se sentiu usada e desrespeitada.
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