Domingo, 06 de Outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 10 de julho de 2022
A decisão do magnata Elon Musk de abandonar seu plano de compra do Twitter foi recebida com uma mistura de alívio e decepção entre todo o espectro político, com muitas personalidades criticando o fundador da Tesla, enquanto outros o aplaudiram.
O anúncio de Musk de que não queria mais adquirir a influente rede social provocou celebrações por parte de grupos ativistas que lançaram uma campanha para impedir que o homem mais rico do mundo avançasse com a compra.
“Um Twitter sob a liderança de Musk teria aberto a caixa de Pandora e reaberto as comportas para o ódio e teorias de conspiração sem fundamento, o que tornaria a plataforma e o país um lugar mais perigoso”, disse Bridget Todd, diretora de comunicações do UltraViolet, uma organização de defesa dos direitos civis.
O anúncio do acordo avaliado em 44 bilhões de dólares no final de abril levantou temores de que a plataforma sofreria um aumento de abusos e desinformação após Musk, um autoproclamado absolutista da liberdade de expressão, afirmar que deixaria os usuários dizerem no Twitter qualquer coisa permitida por lei.
Segundo Todd, a ruptura desse acordo “é um alívio bem-vindo para mulheres, pessoas de cor e membros da comunidade LGBTQ+”. Nicole Gill, cofundadora e diretora executiva da organização de controle Accountable Tech, de tendência à esquerda, criticou a oferta de Musk como “uma cruzada caótica”.
“Nosso ecossistema de informação, segurança e democracia não pode ser deixado sob os caprichos de bilionários irresponsáveis”, defendeu.
Decepção
Por outro lado, foram frustradas as esperanças daqueles que acreditavam que a rede sob o comando de Musk levaria a uma flexibilização das medidas destinadas a conter o assédio, as mentiras e outros abusos considerados politicamente motivados e contrários à liberdade de expressão. “A festa realmente acabou. O expurgo está chegando”, tuitou o comentarista conservador Dave Rubin.
Donald Trump Jr, filho do ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021), estimou que após o anúncio de Musk, a “censura” no Twitter “se multiplicará por dez”.
“Zero chance de liberdade de pensamento e expressão agora”, declarou ele na plataforma Truth Social, criada recentemente por seu pai depois que ele foi banido de sua rede favorita, onde acumulava cerca de 88,7 milhões de seguidores.
O ex-presidente Donald Trump também comentou a notícia. Ele postou em sua conta na Truth Social a seguinte mensagem: “O acordo do Twitter está morto, vida longa à ‘verdade’.”
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