Sábado, 05 de Outubro de 2024

Home Mundo Candidato à presidência da Venezuela, perseguido por Maduro, chega à Espanha onde terá asilo político

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O candidato opositor de Nicolás Maduro na Venezuela, Edmundo González, chegou à Espanha após ter seu pedido de asilo aceito pelo país europeu. As informações foram confirmadas pela sua aliada, a líder opositora María Corina Machado.

A aeronave da Força Aérea espanhola pousou neste domingo (8) na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri. Edmundo González, candidato da oposição que concorreu contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho, deixou Caracas no sábado (7) rumo à Espanha após solicitar asilo político.

González era alvo de um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana. A informação da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, foi confirmada pelo Ministério dos Relações Exteriores do país europeu na madrugada deste domingo. Rodríguez disse que o regime chavista concedeu salvo-conduto a González.

De acordo com o site de notícias Bloomberg, González passou mais de um mês refugiado na Embaixada da Holanda em Caracas, após as eleições de 28 de julho, antes de se dirigir à representação diplomática espanhola. María Corina Machado justificou o asilo político de González dizendo que, na Venezuela, “sua vida corria perigo, e as crescentes ameaças, citações judiciais, ordens de apreensão e até as tentativas de chantagem e do coação de que ele foi objeto demonstram que o regima [chavista] não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo”.

“Ante essa brutal realidade, é necessário para a nossa causa preservar sua liberdade, sua integridade e sua vida”, afirma Machado.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, González embarcou em um voo da Força Aérea espanhola. Conforme a agência Reuters, Albares afirmou pela rede social X que “o governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos.”

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse que González deixou o país com o aval do governo venezuelano. Segundo ela, “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país.”

Rodríguez destacou que “essa ação reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas medidas adotadas pela República Bolivariana.”

De acordo com a vice-presidente, o candidato estava “havia vários dias” refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, capital da Venezuela, e havia solicitado asilo político por ser alvo de um mandado de prisão. Em 2 de setembro, a Justiça venezuelana acatou um pedido do Ministério Público e emitiu a ordem de prisão contra González. As informações são do portal de notícias G1.

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