Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 8 de julho de 2023
O vereador carioca Carlos Bolsonaro foi ao ataque contra o presidente de seu próprio partido, Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP), após este fazer críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, Carluxo, como é conhecido, lembrou que o pai garantiu maior bancada e poder político ao partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“Essa raça aumentou a bancada e o poder devido às palavras e ações do presidente Jair Bolsonaro e hoje falam assim. Será por quê? Acho que é porque creem no que pregam!”, disse Carlos Bolsonaro.
Marcos Pereira, cujo partido apoiou a reforma tributária e votou em peso a favor do texto criticado por Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente hoje está isolado e que é de extrema-direita, ao contrário dele e de seu partido, que são de centro-direita.
“Os episódios de hoje (quinta-feira) não isolam Bolsonaro, porque ele já se isolou e vem se isolando pelo seu próprio comportamento. Entregou a eleição para o Lula por causa do comportamento dele. Vem se isolando quando começa a brigar com o Judiciário, quando lá no início do governo briga com o Parlamento, quando ele é contra a vacina”, disse Pereira. O presidente do partido também disse que Bolsonaro é de “extrema-direita”, diferente de Tarcísio, que é “centro-direita”.
Votos do PL
Partido com a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 99 parlamentares, o PL marcou posição contrária sobre a Reforma Tributária. No entanto, 20 integrantes da sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro votaram pelo texto. O ex-presidente se empenhou pessoalmente na campanha pelo “não”, uma semana após ser declarado inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Após a votação, o deputado federal Luciano Alves (PSD-PR) subiu à tribuna para parabenizar o posicionamento do grupo peelista. O discurso exaltado fez com que outro deputado gritasse, em tom de brincadeira, “comunistas do PL”, o que arrancou risadas de todos os presentes, incluindo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Futuro incerto
Carlos Bolsonaro se reelegeu vereador pelo Republicanos em 2020 e não acompanhou seus irmãos e seu pai na filiação ao PL. Pela atuais regras da Justiça Eleitoral, vereadores, deputados estaduais e federais só podem trocar de legenda sem perder o mandato durante o período da janela partidária, que antecede seis meses a eleição que pode renovar seus cargos. No caso de Carlos a janela só acontece no ano que vem.
O filho zero-dois ainda não demonstrou interesse em disputar mais um mandato como vereador no Rio de Janeiro. Ele já não queria ter concorrido ao cargo na eleição de 2020, mas mudou de ideia por imposição de Bolsonaro. O Republicanos espera que Carlos migre para o PL se decidir ficar mais quatro anos na Câmara dos Vereadores.
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