Domingo, 02 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de novembro de 2025
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse na quinta-feira (30) que tem uma relação histórica e “muito forte” com Santa Catarina, Estado pelo qual o parlamentar pretende disputar uma vaga para o Senado nas eleições de 2026, conforme o Valor mostrou nesta semana. Na segunda-feira (27), o político confirmou pelas redes sociais a intenção de se candidatar.
“Sempre tive uma ligação muito forte com Santa Catarina, só que eu sempre fui um ‘farol baixo’, nunca quis aparecer. Quase morei lá, tive uma namorada por quatro anos, fiz cursos de tiro e de defesa pessoal em Santa Catarina. Conheço o interior e tenho muitos amigos”, disse a jornalistas após reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) , no Rio, com outros parlamentares e forças de segurança do Estado do Rio, que discutiram ações de segurança com secretários e com o governador, Cláudio Castro. A reunião ocorreu como desdobramento da operação no Complexo da Penha e do Alemão, realizada na terça-feira (28).
Carlos afirmou que pretende “pousar” em Santa Catarina e se aproximar da população local. “Quero que o povo sinta o meu cheiro, cada vez mais. Se for da vontade do povo, esse passo vai ser dado adiante”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de concorrer pelo Rio de Janeiro, o vereador fez menção ao irmão, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e disse que a prioridade da família é “ocupar espaços estratégicos” no Congresso. “Meu pai entende que é fundamental a gente equilibrar forças no Senado. Não é guerra contra ninguém, é o cumprimento do que ele não teve: uma maioria no Congresso”, disse.
O vereador disse ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro vê com bons olhos a possível candidatura em Santa Catarina e que vem mantendo diálogo com lideranças locais, entre elas a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC): “Independentemente do resultado, já deu certo para o Brasil, porque a gente vai ajudar ainda mais a divulgar a mensagem que o presidente e todos nós carregamos.”
Carlos também falou sobre a prisão domiciliar do pai, que classificou como “humilhação e censura”. Ele disse ainda que o ex-presidente vive altos e baixos. “Estão tentando matar o bicho aos poucos, mas não vão conseguir, o bicho é forte pra caramba, a gente está aqui para ajudar”, disse.
De acordo com o vereador, a situação de Bolsonaro é delicada porque o pai sempre prezou pela liberdade. “Ele sempre falou pra gente: ‘não bota passarinho na gaiola, porque é sacanagem’. E eles sabem disso. Então você pega um cara que preza não só pela palavra liberdade, mas que sempre foi um bicho solto, e coloca dentro de casa, é pra matar na unha”, completou.
Após o término da coletiva, Carlos afirmou a jornalistas que o nome com apoio do ex-presidente para as eleições de 2026 não está definido: “A decisão só vai ser tomada aos 48 [minutos] do segundo tempo, tudo pode acontecer.”
Não está descartada a possibilidade de reversão de decisões tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como a inelegibilidade de Bolsonaro, indicou Carlos após ser perguntado sobre o tema. “É por aí. Há diversas chances para que a normalidade democrática seja restabelecida. Quer tirar o cara? Tira nas urnas, não tira na mão grande, porque o povo que está vendo isso”. Com informações do portal Valor Econômico.