Sábado, 13 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de dezembro de 2025
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou, nessa sexta-feira (12), um vídeo no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro aparece deitado, dormindo, e apresentando episódios de soluço. Segundo o vereador, a gravação não havia sido feita com a intenção de ser tornada pública, mas acabou publicada por ele considerar “impossível ignorar” o estado de saúde do pai. Em texto que acompanhou o vídeo, Carlos afirmou: “É doloroso demais encarar aquilo que meus próprios olhos veem diariamente, quando estou com ele. Mas a realidade é impossível de ignorar”.
Na publicação, o vereador descreveu um quadro clínico que, segundo ele, vem exigindo atenção constante. Carlos declarou que Bolsonaro necessita de “cuidados especiais 24 horas por dia” e sugeriu que a condição de saúde estaria se agravando ao longo das últimas semanas. De acordo com ele, os episódios mostrados na gravação seriam apenas uma parte do que estaria ocorrendo. “Existem episódios muito mais graves do que os que aparecem nesse vídeo, e eles representam risco real e imediato à sua vida”, afirmou.
Em tom de alerta, Carlos também relatou preocupação específica com o refluxo intenso que, segundo sua avaliação, poderia levar a episódios de broncoaspiração. Ele mencionou que esse risco seria permanente e exigiria vigilância contínua. “Se ele broncoaspirar por causa do refluxo constante, vai morrer. Sem cuidados médicos contínuos, acompanhamento ininterrupto e ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada”, escreveu o vereador, reforçando a gravidade que atribui à situação.
A divulgação do vídeo ocorreu em meio à ampla repercussão da aprovação, na Câmara dos Deputados, do chamado PL da Dosimetria (Projeto de Lei 2.162/2023). A proposta, aprovada por 291 votos a 148 e agora encaminhada ao Senado, altera o cálculo de penas aplicadas quando diferentes crimes são cometidos dentro de um mesmo contexto. Pelo novo modelo, deixa de prevalecer a soma individual das penas e passa a valer uma pena única, mais alta que a pena-base, mas potencialmente menor do que o total resultante da soma prevista atualmente.
Além disso, o projeto modifica critérios de progressão de regime, diminuindo porcentuais exigidos para a passagem do regime fechado ao semiaberto em determinadas hipóteses. Essas mudanças despertaram atenção por poderem influenciar desdobramentos de processos ligados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e à tentativa de golpe de Estado, investigações nas quais Bolsonaro e diversos aliados aparecem como investigados ou réus. (Com informações do Correio Braziliense)