Quinta-feira, 03 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de julho de 2022
O Departamento de Saúde do Estado de Nova York (EUA) informou a detecção de um caso de poliomielite no Condado de Rockland, subúrbio da cidade. Esta é a primeira vez em pelo menos três décadas que uma ocorrência da doença é registrada.
Em nota divulgada nesta quinta (21), as autoridades afirmam que testes feitos até agora sugerem que o caso do vírus altamente contagioso pode ter se originado fora do país.
“Estamos monitorando a situação de perto e trabalhando com o Departamento de Saúde de Nova York e com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para responder a essa questão emergencial de saúde pública para proteger a saúde e o bem-estar dos moradores do condado”, disse a comissária de Saúde do Condado de Rockland, Patricia Schnabel Ruppert, em nota.
Os sintomas do homem começaram há cerca de um mês, disse a médica Patricia Schnabel Ruppert, comissária de saúde do condado de Rockland, em entrevista coletiva. O paciente apresentou “fraqueza e paralisia”, disse.
“Estamos agora pesquisando a família e os contatos próximos desse indivíduo para avaliar o risco para a comunidade”, afirma Ruppert. A médica não compartilhou nenhuma informação adicional sobre o estado atual ou prognóstico do infectado.
Segundo o CDC, embora nenhum caso de pólio tenha surgido nos Estados Unidos desde 1979, o vírus já foi trazido para o país por viajantes com a doença. A última vez que isso aconteceu foi em 1993.
A poliomielite, que não tem cura, invade o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. Os sintomas são parecidos com os da gripe e incluem dor de garganta, febre, cansaço e náuseas. A doença não tem cura, mas a infecção pode ser prevenida por vacinação.
No final dos anos 1940, surtos do vírus causavam deficiências em cerca de 35 mil norte-americanos por ano, principalmente em crianças que viviam em áreas com baixa cobertura de saneamento básico.
Uma redução substancial nos casos globais da doença nas últimas décadas aconteceu por conta de intensas campanhas nacionais e regionais de vacinação em bebês e crianças.
Graças à criação da vacina contra a doença em 1953, o número de casos de poliomielite caiu substancialmente ao redor do mundo, sendo erradicada em muito países desde então. No Brasil, a doença é considerada erradicada desde 1994 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos Estados Unidos, as crianças são vacinadas com duas doses aos 2 e 4 meses de vida. A próxima é aplicada entre 6 e 18 meses e a última entre 4 e 6 anos de idade.
No Brasil, o esquema vacinal é semelhante. A criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
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