Quarta-feira, 23 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 23 de julho de 2025
O cantor britânico Ozzy Osbourne, morto aos 76 anos nesta terça-feira (22), revelou em 2020 que havia sido diagnosticado com Parkinson II, uma forma da Doença de Parkinson, após sofrer complicações de saúde decorrentes de uma queda em seu banheiro, em 2019. Inicialmente, sua esposa, Sharon Osbourne, informou que ele havia sido internado por conta de uma gripe, mas o quadro era mais grave.
Em entrevista ao programa “Good Morning America” naquele ano, Ozzy relatou as dificuldades enfrentadas com o diagnóstico e o tratamento. “Tem sido muito desafiador para todos nós”, declarou o vocalista do Black Sabbath. “Eu tive que fazer uma cirurgia no pescoço, que estragou todos os meus nervos. Descobri que tenho uma forma leve de…”, disse antes de ser interrompido por Sharon.
Sharon Osbourne então completou a fala do marido, explicando que o músico havia sido diagnosticado com o Parkinson II. “É uma forma de Parkinson. Existem vários tipos da doença. Não é uma sentença de morte de forma alguma, mas afeta certos nervos do seu corpo”, esclareceu.
Durante a conversa, Ozzy detalhou que os efeitos colaterais da cirurgia e da doença eram confusos. “Estou tomando uma série de medicamentos, principalmente por causa da cirurgia. Fiquei com o braço entorpecido depois dela, minhas pernas ficam frias. Não sei se é o Parkinson ou o quê. Esse é o problema, porque eles cortam os nervos quando fazem a cirurgia. É uma sensação estranha”, contou.
O cantor também disse que se sentiu aliviado ao compartilhar publicamente o diagnóstico, após meses mantendo a informação em sigilo. “Esconder as coisas é difícil, você se sente inadequado, se sente culpado. Eu não sou bom com segredos. É como se eu estivesse ficando sem desculpas. Estou melhor agora por reconhecer que tenho um caso de Parkinson”, afirmou.
A doença afetou não só sua saúde física, mas também sua rotina profissional. Ozzy teve de adiar a turnê marcada para 2019, o que o abalou emocionalmente. “Vindo de uma classe trabalhadora, odeio decepcionar as pessoas. Odeio não fazer o meu trabalho. Quando vejo minha esposa indo trabalhar, meus filhos indo trabalhar, isso me deixa triste porque não posso contribuir com minha família”, desabafou.
Apesar das dificuldades, o roqueiro britânico demonstrava otimismo e força diante do diagnóstico. “Estou muito melhor agora do que em fevereiro passado. Eu estava em um estado chocante”, disse na época, ressaltando a melhora do seu quadro clínico.
O diagnóstico de Parkinson II marcou uma nova fase na vida do artista, que já havia enfrentado outros problemas de saúde, incluindo abusos de substâncias e internações ao longo da carreira. Ainda assim, Ozzy sempre demonstrou vontade de continuar nos palcos, mesmo que com limitações.
Naquele período, ele também contou com o apoio incondicional da família. Sharon e os filhos desempenharam um papel fundamental na adaptação da nova rotina do cantor, que passou a ser acompanhada de perto por uma equipe médica multidisciplinar.
A luta contra a doença e a transparência ao falar sobre sua condição sensibilizaram fãs ao redor do mundo. Mesmo com o avanço da idade e os problemas de saúde, Ozzy Osbourne seguiu como uma das figuras mais icônicas da história do rock, conhecido tanto por sua trajetória musical quanto pela sinceridade diante das dificuldades da vida.
(Com O Globo)
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