Sábado, 20 de Dezembro de 2025

Home Política Celulares dos deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy são apreendidos em operação da Polícia Federal

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Os telefones celulares dos deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) no cumprimento de mandados da Operação Galho Fraco, deflagrada para aprofundar a investigação sobre um suposto esquema de desvio de recursos públicos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP).

A apreensão dos aparelhos foi confirmada por fontes na PF e consta entre as medidas autorizadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Petição 14.918, que determinou buscas e apreensões pessoais, domiciliares e veiculares, além da quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados. No caso de Sóstenes Cavalcante, os agentes também apreenderam mais de R$ 400 mil em dinheiro durante o cumprimento dos mandados.

A Operação Galho Fraco investiga a atuação de um núcleo formado por assessores parlamentares e pessoas próximas a gabinetes da Câmara dos Deputados, apontados como responsáveis por operacionalizar um esquema de contratos de locação de veículos supostamente fraudulentos. Segundo a Polícia Federal, empresas de fachada teriam sido utilizadas para simular a prestação de serviços e permitir o reembolso de despesas com recursos da cota parlamentar.

De acordo com a representação da PF, as investigações identificaram movimentações financeiras milionárias incompatíveis com a renda declarada de assessores ligados aos gabinetes dos deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy (PL-RJ). Parte expressiva dessas transações ocorreu sem identificação da origem ou do destino dos valores, com uso recorrente de fracionamento de depósitos e saques abaixo do limite de comunicação automática aos órgãos de controle.

Entre as empresas sob suspeita está a Harue Locação de Veículos Ltda., que, apesar de indícios de dissolução irregular e frota reduzida, continuou recebendo pagamentos reembolsados pela Câmara dos Deputados. A Polícia Federal aponta que, em paralelo aos pagamentos oficiais, haveria repasses em dinheiro vivo e ajustes informais descritos em mensagens trocadas entre investigados.

No despacho que autorizou a operação, o ministro Flávio Dino destacou a existência de indícios robustos dos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A decisão também ressalta a necessidade de aprofundar a análise dos dados extraídos de celulares e outros dispositivos eletrônicos apreendidos, considerados centrais para esclarecer a dinâmica do esquema e o eventual envolvimento de parlamentares.

A Procuradoria-Geral da República manifestou-se favoravelmente às medidas cautelares e ao compartilhamento das provas com a Receita Federal, para apuração de possíveis irregularidades fiscais. O compartilhamento com a Advocacia-Geral da União, no entanto, foi negado neste momento, sob o argumento de preservação da unidade e da integridade da investigação. (Com informações do portal ICL Notícias)

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