Terça-feira, 04 de Novembro de 2025

Home Política Centrão não pretende entregar a Bolsonaro a anistia de mão beijada sem garantia de que ele escolherá Tarcísio para a Presidência da República

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As duas semanas de julgamento do núcleo central da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) serão marcadas por acenos retóricos dos principais expoentes da direita ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na prática, contudo, apesar da pressão do PL, o projeto de lei que perdoa os condenados do 8 de Janeiro não deve avançar nesse período, garantem lideranças do Congresso ouvidas pela Coluna do Estadão.

O motivo do compasso de espera é que o Centrão não pretende entregar a Bolsonaro a anistia “de mão beijada”, sem a garantia de que o ex-presidente escolherá o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu sucessor na corrida pelo Palácio do Planalto.

Ainda é muito cedo para saber se algum tipo de anistia vingará no Legislativo, na avaliação dos partidos de direita. As siglas devem acompanhar com lupa o resultado do julgamento, incluindo a dosimetria de penas e eventuais divergências entre os ministros do STF, para sentir o clima do plenário. Aprovar qualquer perdão relacionado ao 8 de Janeiro trará desgaste para a relação do Congresso com a Corte. Portanto, a contrapartida de Bolsonaro teria de ser à altura.

No último fim de semana, Tarcísio fez um aceno direto a Bolsonaro. O governador, que é o favorito das legendas de direita e do empresariado para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas em 2026, disse que sua primeira medida caso se torne presidente da República será conceder indulto ao ex-presidente.

Na segunda-feira (1º), na véspera do início do julgamento de Bolsonaro, Tarcísio se reuniu com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira. O correligionário do governador publicou nas redes sociais uma foto do café da manhã e escreveu “no cardápio do dia: anistia”. O post foi curtido pelo presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, e pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Apesar de o PL e parte do Centrão pressionarem Bolsonaro a lançar Tarcísio ao Planalto logo após o julgamento, essa possibilidade também preocupa aliados do governador de São Paulo, por dois motivos. O primeiro é que ele se tornaria um “não governador”, ou seja, perderia a credibilidade para conduzir ao Estado já que seria visto, desde já, como alguém de olho no Planalto apenas. O segundo é que viraria “vidraça” na arena política. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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