Domingo, 28 de Abril de 2024

Home em foco Cesar Cielo: aos 37 anos, principal nadador brasileiro ainda não formalizou o fim da carreira e não descarta disputar competições nacionais

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Maior nadador brasileiro da história, Cesar Cielo completou 37 anos no último dia 10. Apesar de estar afastado das grandes competições há cinco anos, ele reluta em se aposentar. O recordista mundial dos 50 metros livre admite dificuldade em oficializar sua despedida do mundo dos atletas profissionais. Seus olhos ainda brilham quando fala em competir. Não por acaso ele não sai das piscinas, tanto para manter a forma física quanto para pensar em novos projetos e desafios.

Em recente entrevista, o dono de três medalhas olímpicas revelou que ainda está digerindo o fim da carreira. “Não sei se todo atleta passa por isso. Mas a sensação de ‘acabou’ é bem difícil, viu! Emocionalmente, é mais difícil do que qualquer final que eu participei”, comparou o brasileiro seis vezes campeão mundial.

Cielo até chegou a anunciar sua aposentadoria, em abril do ano passado. Mas, ao menos no papel, ele é um atleta profissional. “Oficialmente, eu não saí do mundo dos atletas profissionais. Estou apto a competir. Se quisesse competir amanhã, eu poderia’’, afirmou, entre risos. “Mas isso não vai acontecer. Os papéis só não estão assinados. Mas eu já tentei umas três vezes. Na verdade, foram mais vezes. Na hora que coloco a caneta perto do papel, eu não consigo assinar.”

O papel a que se refere Cielo é um documento que confirma o desligamento do sistema antidoping – na prática, é quando o esportista abre mão de ser testado porque decide não disputar mais competições profissionais. Por isso, o nadador ainda é submetido a exames antidoping. “Ainda sou testado, embora com cada vez menos frequência. Acho até que me abandonaram”, brincou.

Cielo não descartou participar de competições nacionais. “Se eu decidir voltar a treinar, não me vejo voltando a buscar vaga na seleção. Quem sabe nadar um revezamento no Troféu José Finkel…”

Difícil transição

O atleta conta que as dificuldades na transição de carreira o fez se afastar das piscinas por quase dois anos. “Tive esse momento, de não querer chegar perto da piscina. E ainda tenho uns lapsos. Tem hora que chego na frente de uma academia e me dá um pavor, não é uma crise de pânico. Mas é uma pergunta que vem na cabeça: ‘Por que você está aqui? Você não faz mais isso’. Não é preguiça. É uma conversa intensa, em que eu penso ‘já deu’.”

Um esforço interno fez Cielo rever o jeito como encarava a natação. “Acabei chegando à conclusão de que tenho que ficar feliz porque aconteceu, não triste porque acabou. Essa ideia me tirou um peso enorme das minhas costas. E aí voltei para a piscina”, contou, sem descartar um próximo passo, voltar a competir.

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