Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Home Mundo Chefe do Grupo Wagner fala pela primeira vez após o fim do motim: “Recuamos para não derramar sangue russo”

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Na primeira manifestação após o fim de um motim, o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse, nesta segunda-feira (26), que recuou para “evitar um derramamento de sangue de soldados russos”.

Prigozhin afirmou ainda que a marcha em direção a Moscou, abortada após negociação com o governo russo, não tinha por objetivo derrubar o governo de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

“O objetivo da marcha era evitar a destruição do ‘Wagner’ e responsabilizar os funcionários que, por meio de suas ações não profissionais, cometeram um grande número de erros”, disse o paramilitar em uma mensagem de áudio de 11 minutos, divulgada pelo Telegram.

Rebelião

A rebelião iniciada e abortada pelo grupo mercenário Wagner contra a Rússia demonstrou a fraqueza do regime russo e o erro do Kremlin em travar uma guerra contra a Ucrânia, disse o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, nesta segunda-feira.

“Claro, é uma demonstração de fraqueza”, disse ele em uma visita à Lituânia. “Também demonstra como é difícil e perigoso para o presidente [Vladimir] Putin depender de mercenários, que na verdade se voltaram contra ele”, acrescentou.

Stoltenberg também afirmou que o motim do grupo paramilitar contra Moscou demonstra a fragilidade do regime russo, mas reforçou que não cabe à Otan intervir nessas questões.

“Os eventos do fim de semana são um assunto interno da Rússia e mais uma demonstração do grande erro estratégico que o presidente (Vladimir) Putin cometeu com sua anexação ilegal da Crimeia e na guerra contra a Ucrânia”, declarou. “Não cabe à Otan intervir nessas questões”, completou.

Armas nucleares

Stoltenberg disse que a Otan está monitorando a situação em Belarus e condenou novamente o anúncio de Moscou de implantar armas nucleares nesse país

“Não vemos nenhuma indicação de que a Rússia esteja se preparando para usar armas nucleares, mas a Otan permanece vigilante”, disse ele, acrescentando que a dissuasão da organização é forte o suficiente para manter seu povo seguro em um “mundo mais perigoso”.

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