Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de dezembro de 2021
A China vacinou 82,5% de sua população de 1,41 bilhão de pessoas contra a Covid-19, afirmou neste fim de semana uma autoridade de saúde local. Um total de 1,162 bilhão recebeu o número necessário de doses para completar a imunização, disse Wu Liangyou, funcionário da Comissão Nacional de Saúde, em uma coletiva de imprensa. Ele acrescentou que 120,6 milhões também receberam uma dose de reforço.
Apesar da alta taxa nacional, a cobertura vacinal foi irregular entre os idosos, um grupo vulnerável e que enfrenta um alto risco de casos graves e morte após a infecção.
As taxas de vacinação para pessoas com mais de 80 anos estavam ligeiramente acima de 40%, caindo abaixo de 30% em algumas áreas, disse Zheng Zhongwei, outro funcionário da comissão, em uma entrevista à emissora estatal CCTV.
Tratamento
A China aprovou pela primeira vez um tratamento contra a covid-19, dois anos após a detecção da doença em seu território e em um contexto de agravamento da pandemia.
Em uma comunicação publicada recentemente, a Agência Nacional de Medicamentos indica que concordou com uma “aprovação de emergência” para um tratamento chinês contra covid-19 à base de anticorpos monoclonais que aderem à proteína spike do coronavírus e reduzem sua capacidade de penetrar em células humanas.
Ao contrário da vacina, que é preventiva, o tratamento serve para evitar complicações graves em pessoas já infectadas.
O fármaco, administrado com uma injeção, foi elaborado em conjunto pela Universidade Tsinghua de Pequim, o hospital No. 3 de Shenzhen (sul) e a empresa Brii Biosciences.
Os testes clínicos mostram que o tratamento permite reduzir em 80% as hospitalizações e o risco de morte em pacientes em estado frágil, segundo a Universidade Tsinghua.
De acordo com a imprensa local, o tratamento foi aplicado em pacientes infectados pelos recentes surtos da epidemia.
Desde a detecção do coronavírus em Wuhan no fim de 2019, a China erradicou quase por completou a circulação da covid com medidas radicais como o fechamento de fronteiras, o controle rígido dos deslocamentos e confinamentos.
Mesmo assim, a China registrou nos últimos meses vários surtos, embora de pequena magnitude em comparação com os graves balanços de outros países.
Nigéria
O país mais populoso da África é também um dos mais atrasados do continente na vacinação contra o coronavírus: apenas cerca de 3% da população da Nigéria receberam duas doses de vacina contra a Covid-19. A taxa é muito baixa, mesmo em comparação com outros países da África. A África do Sul, por exemplo, tem 24% da população totalmente vacinada.
No entanto, as informações são de que a Nigéria tem um grande estoque de vacinas vencidas que não usou — segundo a agência de notícias Reuters, esse estoque pode chegar a um milhão de doses.
O Ministério da Saúde da Nigéria afirma que todas as vacinas vencidas foram retiradas e serão destruídas.
A Nigéria, como outros países africanos, teve dificuldade para acessar as vacinas contra covid-19 no início de 2021 porque os fabricantes deram prioridade às nações mais ricas, que haviam assinado acordos previamente.
Muitas nações africanas também confiaram no esquema da Covax, que no início do ano enfrentou dificuldades para cumprir seus compromissos de fornecimento de vacinas, especialmente na África.
Nas últimas semanas, no entanto, a entrega melhorou: os países mais ricos começaram a liberar as reservas que possuíam, principalmente por meio do sistema Covax.
A Nigéria recebeu 700 mil doses da vacina AstraZeneca do Reino Unido em agosto, 800 mil do Canadá em setembro e outras 500 mil da França em outubro.
Na mesma época, a Nigéria também recebeu 4 milhões de doses de Moderna e 3,6 milhões de doses de Pfizer dos Estados Unidos.