Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Cinco brasileiros são presos com “arsenal de guerra” no Paraguai

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Cinco brasileiros foram presos em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na região de fronteira com o Brasil, neste sábado (23). Com os homens foi encontrado um verdadeiro “arsenal de guerra”, de acordo com os oficiais paraguaios.

Fuzis, cartuchos, dinheiros, veículos, munições e até rádio de comunicação estão entre os objetos apreendidos. Veja a lista do que foi confiscado:

— Dois fuzis, do tipo AK-47, com carregadores;
— Seis carregadores para fuzil, do tipo AK-47;
— Um fuzil, do tipo M4, com dois carregadores;
— Inúmeras munições;
— Uma pistola, da marca Glock, com dois carregadores;
— Celulares;
— Equipamentos de rádio comunicação;
— Dinheiro.

A apreensão dos armamentos e outros objetos ocorreu em parceria entre as polícias do Paraguai e do Brasil, que atuam em conjunto na fronteira desde a série de execuções de várias pessoas na região.

A ação deste sábado foi encomendada pela polícia paraguaia, em Assunção. Entre os presos está Jefferson Kelvin Gonçalves de Oliveira, que tem ficha corrida na polícia do Brasil. O suspeito tem antecedentes de tráfico internacional de drogas e homicídio.

Os presos são:

— Jefferson Kelvin Gonçalves de Oliveira;
— Angelo Gabriel Pereira de Carvalho;
— Mizael Correa Viana;
— Luiz Gustavo Alvez Aguiar;
— Marcio Vinicius da Paixão Vieira.

Facção

Confirmado por uma fonte da polícia paraguaia, os cinco presos teriam ido à Pedro Juan Caballero para incorporarem uma facção criminosa, que atua com tráfico de drogas na região de fronteira. Os cinco foram enviados a Assunção, sob custódia da polícia do Paraguai. Todos devem responder por crime organizado.

Todas as armas foram enviadas para perícia. A polícia apura o envolvimento dos presos e a utilização dos objetos nos casos de execuções que assustaram a fronteira há duas semanas.

Crimes

No dia 8 de outubro, o vereador Farid Afif (DEM) foi executado a tiros enquanto fazia um passeio de bicicleta por Ponta Porã, cidade do Mato Grosso do Sul que faz fronteira com o Paraguai. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o parlamentar foi assassinado.

Somente entre a tarde do dia 8 de outubro e a manhã de 13 de outubro, sete pessoas foram assassinadas na região em que apenas uma rua divide Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, no departamento paraguaio de Amambay.

Já no sábado, dia 9 de outubro, um atentado vitimou quatro pessoas, incluindo Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador de Amambay.

As outras vítimas do atentado, ocorrido no sábado (9), são: Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, conhecido como “Bebeto”, foi atingido por 31 tiros; Kaline Reinoso de Oliveira, de 22 anos, natural de Dourados, foi morta com 14 tiros; e Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, morta com 10 tiros.

O policial paraguaio Hugo Ronaldo Acosta, de 32 anos, foi morto a tiros na noite do dia 12 do mesmo mês, na região de fronteira entre Brasil e Paraguai. O crime aconteceu em Pedro Juan Caballero.

No dia 13, uma pessoa, ainda não identificada, morreu e duas ficaram feridas em um novo atentado, em Capitán Bado, município vizinho a Coronel Sapucaia, cidade sul-mato-grossense na região de fronteira entre Brasil e Paraguai. Entre os baleados está o vereador do município paraguaio, Ismael Valiente, e um idoso de 84 anos.

Depois da série de homicídios registrados nos últimos cinco dias na fronteira, o governo do país vizinho anunciou um convênio entre Brasil e Paraguai para garantir segurança na região. O anúncio foi feito pelo ministro do Interior do Paraguai, Augusto Giuzzio, e confirmado pelo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira.

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