Domingo, 15 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de junho de 2025
Com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva e de Donald Trump, o Canadá sedia, a partir deste domingo (15), a cúpula anual do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo. O encontro acontece em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, com os ataques entre Israel e Irã.
A cúpula ocorrerá em Kananaskis, na província canadense de Alberta. O grupo reúne Washington e mais seis das economias mais desenvolvidas do mundo —todas consideradas aliadas tradicionais dos EUA. Os outros membros do grupo, além da União Europeia, são o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e o Japão. Todos são países contra os quais Trump conduz sua guerra tarifária e negocia novos acordos comerciais.
O Brasil não faz parte oficialmente do G7, mas participará como convidado, ao lado de outros países também não membros. Entre eles, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.
Lula só chegará ao Canadá na tarde da segunda-feira (16). A participação do petista na cúpula está prevista para o último dia, a terça-feira (17). O presidente brasileiro terá direito de fazer um rápido discurso em uma sessão que deve contar com a presença de Trump e de outros líderes mundiais.
O tema principal da cúpula do G7 em 2025 será segurança energética, com ênfase em inovação e diversificação das cadeias produtivas e atração de investimentos.
Trump
Além de ser a primeira reunião do grupo desde o início do segundo mandato de Trump, este também deve ser a primeira cúpula do G7 na qual a presença dos Estados Unidos é motivo de dor de cabeça para outros líderes.
Desde que voltou à Casa Branca, o republicano tem se ocupado de dinamitar as relações tradicionais entre Washington e as capitais europeias —intensificando uma corrida armamentista no continente, à medida que países como a Alemanha buscam uma arquitetura de segurança independente da Otan, a aliança militar ocidental frequentemente criticada por Trump.
O republicano deve ter uma série de reuniões bilaterais durante a cúpula, e ainda não se sabe se a dinâmica vista no Salão Oval da Casa Branca, onde Trump transformou encurralar líderes estrangeiros em esporte, se repetirá —um encontro entre o republicano e o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, um dos convidados para a cúpula do G7, ainda não está confirmado.
Desde que o presidente americano e seu vice, J. D. Vance, constrangeram o ucraniano em audiência transmitida ao vivo, no fim de fevereiro, outros líderes se viram pressionados e humilhados por Trump em seu alçapão no Salão Oval. A última vítima foi o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em maio, quando foi grosseiramente inquirido sobre um fantasioso genocídio branco em seu país. A argumentação de Trump, com filmes e documentos, era baseada em fake news, mostrou-se depois.
Os participantes da cúpula do G7 também devem discutir novas sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia —outro ponto no qual o apoio dos EUA já não é mais garantia. Com informações do jornal Folha de S.Paulo e do portal de notícias Metrópoles.
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