Terça-feira, 28 de Outubro de 2025

Home em foco Comissão do Senado vai apurar se joias foram presente ou propina

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Recém-eleito para presidir a Comissão de Transparência e Fiscalização, o senador Omar Aziz (PSD-AM) anunciou que o primeiro trabalho à frente do grupo será investigar se os R$ 16 milhões em joias transportados pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque eram presentes ou propina.

Aziz pedirá um pente-fino em todos os negócios fechados pelo governo Bolsonaro com o mundo árabe, especialmente com fundos de pensão ligados ao governo da Arábia Saudita. Ele não está convencido de que as joias eram um presente.

“Qualquer violação ao interesse da União, relação com a tentativa de descaminho de joias, ou qualquer ato que tenha gerado vantagens a autoridades nessa venda, será levado à Justiça para punição dos envolvidos”, completou.

Aziz disse ainda que pedirá à Petrobras documentos sobre a avaliação de preço abaixo do valor de mercado do ativo brasileiro para os estrangeiros.

“Nunca vi ninguém dar R$ 16 milhões de presente para uma primeira-dama. Isso é a versão do Bento Albuquerque, que será investigada”, disse o senador.

Presentes

O governo do ex-presidente, tentou, em outubro de 2021, trazer para o Brasil, de forma irregular, joias avaliadas em aproximadamente 3 milhões de euros, cerca de R$ 16,5 milhões. Um colar, um anel, um relógio e um par de brincos seriam um presente do governo saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, após viagem oficial ao país do então presidente, em outubro de 2021.

Os itens foram descobertos e apreendia no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Transporte

Além do valor, a forma como as joias foram transportadas também chamam atenção. A própria Receita Federal considera “não usual” o ingresso do suposto presente, num pacote transportado por um membro da comitiva do ministro.

“Os bens não foram declarados, a burocracia não foi acionada, nada foi inventariado ou patrimonializado”, explicou um auditor.

O que a Receita chama de burocracia é uma estrutura azeitada no Itamaraty e no cerimonial da Presidência da República para cuidar de presentes oficiais.

Geralmente, o que ocorre são trocas de mimos de baixo valor e que remetem à cultura do país. As autoridades não se envolvem diretamente no assunto. Geralmente, só aparecem para fazer a foto. Quem cuida de tudo é o cerimonial da Presidência e o Itamaraty. Transportar o presente, nem pensar.

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