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Por Redação Rádio Pampa | 21 de dezembro de 2023
O Banco Central do Brasil detalhou os principais motivos que levaram a previsão de queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 4,5% em 2023. O índice está dentro da meta de inflação estabelecida para o ano, que tem um intervalo 1,75% e 4,75%. O ritmo de queda inflacionária se baseia em um cenário externo mais estável, principalmente na economia americana, e um recuo no preço das commodities, destacando a diminuição dos custos com energia.
O respiro do mercado vem quase quatro anos após o início da pandemia da covid, que pressionou os mercados globais e elevou exponencialmente os preços no mundo todo.
A expectativa de queda neste ano se fundamenta ainda mais quando se olha para o núcleo da inflação em tendência de queda. Ou seja, os preços devem continuar caindo, mesmo desconsiderando fatores climáticos e sazonais.
A queda no preço das commodities de energia, como petróleo e gás, vem com a estabilização do mercado após o início da guerra na Ucrânia. Nos Estados Unidos, a previsão de queda no juros de longo prazo dura há pelo menos 170 dias.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou também que as medidas de equilíbrio fiscal geram resultados na previsão de inflação no longo prazo.
“É importante o governo perseverar no alcance da meta fiscal. Reconhecemos que tem um grande esforço do Haddad (ministro da Fazenda, Fernando Haddad). Sabemos que é difícil a aprovação de projetos no Congresso, mas tivemos uma semana de vitórias. Parabenizei Haddad, tem que se reconhecer o esforço. Avançamos com reformas importantes, como a reforma tributária”, disse.
Nesta semana, o Senado aprovou a medida provisória que pode render até R$ 35 bilhões para o governo. A proposta retoma a tributação de impostos federais (IRPJ, CSLL e PIS/Cofins) para empresas que têm benefícios de ICMS para custeio.
Para 2024, a projeção do BC para o IPCA está em 3,5%. Já para 2025, 2026 e 2027, o índice deve permanecer em 3,5%.
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foi elevada de 2,9% para 3%. Apesar de quedas de produção do agronegócio e indústria, a estabilidade do setor de serviços manteve a elevação do PIB.
Além disso, a taxa de desocupação no País caiu e deve se manter próxima de 8% nos próximos anos. O acesso a linhas de crédito para família também aumentou. Os dois fatores levam a uma resiliência do consumo.
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