Domingo, 13 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de julho de 2025
Poucos dirigentes têm sido tão fiéis e próximos a Donald Trump quanto Gianni Infantino. O presidente da Fifa tem o presidente dos Estados Unidos como aliado e os dois mantêm uma relação de mutualismo.
No comando da entidade máxima do futebol desde 2016, o cartola ítalo-suíço foi o único dirigente esportivo presente na posse de Trump, em janeiro passado, e não esconde sua proximidade com o mandatário americano.
A amizade vai além de uma relação de proximidade entre o líder de uma nação anfitriã do Mundial de Clubes e da Copa do Mundo e o chefe do futebol mundial.
Ambos desejam que a Copa do Mundo de 2026 seja um sucesso, como o cartola avalia ter sido o Mundial de Clubes. Os Estados Unidos decidiram sediar o torneio neste verão e serão também um dos três países que receberão os jogos da primeira Copa com 48 seleções no ano que vem – os outros anfitriões são Canadá e México.
A Trump Tower, arranha-céu construído no início da década de 1980 e usado por Trump para estabelecer uma imagem pública de empreendedor de sucesso, passou a receber dirigentes da Fifa nas últimas semanas depois que Infantino resolveu abrir no 17º andar do prédio um escritório de representação da Fifa.
“A Fifa é uma organização global e, para ser global, é preciso ser local, é preciso estar em todos os lugares, então precisamos estar em Nova York”, justificou o presidente da Fifa na semana passada.
Foi no lobby da Trump Tower que Infantino conversou com jornalistas para celebrar o Mundial de Clubes, “a mais bem-sucedida competição das histórias”, nas palavras dele.
O aliado foi um dos assuntos na entrevista curta aos repórteres, que seguiram um protocolo de segurança para acessar o local. Do lado de fora do prédio, uma dezena de viaturas da polícia e ruas cercadas por barras de ferro.
“Ele [Trump] ama futebol. Em seu primeiro mandato como presidente, havia uma trave de futebol no jardim da Casa Branca”, contou.
Se Trump gosta ou não de futebol não importa para Infantino. Ele precisava ter a simpatia do chefe de Estado dos EUA, e conseguiu, tanto que Trump se refere constantemente ao suíço como o “rei do futebol” – epíteto dado a uma figura muito mais nobre no Brasil.
Os dois já eram próximos no primeiro mandato de Trump e fortaleceram a relação quando o republicano foi novamente eleito no ano passado, derrotando Joe Biden, que nunca convidou Infantino para a Casa Branca.
Em maio, o dirigente se atrasou para o Congresso Anual da Fifa, em Assunção, no Paraguai, depois de uma viagem ao Catar e à Arábia Saudita, onde acompanhou o mandatário americano.
Ambos estão associados também por meio dos sauditas. O fundo soberano dispõe de muito dinheiro investido nos negócios de Jared Kushner, genro de Trump, e “salvou” o Mundial de Clubes ao garantir investimento bilionário na competição por meio de acordos comerciais.
Para os EUA, receber megaeventos esportivos é a oportunidade de criar um mercado para o futebol, que ainda engatinha no país que consome mais beisebol, basquete e futebol americano. Para a Fifa, o interesse está em desenvolver suas competições.
No Ar: Pampa Na Tarde