Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025

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Como resultado do encontro no domingo entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, o governo americano concordou com um cronograma de negociações sobre o tarifaço de 50% imposto ao País. A informação foi dada ontem pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Apesar do desejo inicial de Lula, as reuniões realizadas na Malásia não foram conclusivas sobre o tema.

Junto com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Elias Rosa, e o embaixador Auro Faleiro, assessor especial da Presidência, Vieira se reuniu ontem, ainda na Malásia, com o secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial Jamieson Greer. “Deveremos ter um acordo nas próximas semanas”, disse Rosa.

A expectativa de um eventual alívio no tarifaço ao Brasil, bem como a previsão de nova reunião entre Trump e o líder chinês Xi Jinping, na quintafeira, ajudou a levar otimismo ao mercado financeiro. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou ontem em alta de 0,55%, aos 146,9 mil pontos, enquanto o dólar recuou 0,41%, cotado a R$ 5,37.

Em entrevista, Lula disse que está convencido de que o Brasil e os Estados Unidos chegarão a um acordo comercial em breve. “Se depender do Trump e de mim, haverá acordo”, afirmou o presidente brasileiro, acrescentando que a conversa foi “surpreendentemente boa”.

Lula relatou que entregou, por escrito, as demandas do governo brasileiro e reforçou o pedido de suspensão das tarifas impostas a produtos nacionais, que chamou de “injustas e baseadas em informações equivocadas”. “Disse a ele que as decisões foram infundadas e que os dados sobre o Brasil estavam errados. Mostrei que os Estados Unidos tiveram superávit de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos.”

Da sua parte, Trump manteve um tom mais cauteloso nas suas declarações. “Vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver. Agora, eles estão pagando, acho, 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião”, disse o presidente americano, em entrevista a jornalistas a bordo do avião que o levou ontem da Malásia para o Japão.

Na sequência, Trump chamou Lula de um “cara muito vigoroso” e o felicitou por seu aniversário (Lula fez ontem 80 anos). “E feliz aniversário. Quero desejar um feliz aniversário ao presidente, certo? Hoje ( ontem) é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante, mas hoje é o aniversário dele; então, feliz aniversário.”

Questionado sobre a reação de Trump, Lula respondeu que “não era possível resolver tudo numa conversa”. “O que nós estabelecemos é uma regra de negociação e, toda vez que tiver uma dificuldade, eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele, nós vamos colocar as equipes para negociar.”

O ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que a exploração de terras raras e possibilidades na área do agronegócio são alguns dos pontos que devem ser abordados na negociação do Brasil com os Estados Unidos, além do ReData, política de desoneração no Brasil para atração de data centers.  Com informações do portal Estadão.

 

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