Segunda-feira, 09 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 8 de junho de 2025
A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para segunda-feira (9) o início das audiências de interrogatório para ouvir os réus por tentativa de golpe, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esses são os primeiros interrogatórios do processo que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes. Nessa etapa, estão previstas audiências para ouvir o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe. Ao todo, sete réus devem ser ouvidos até sexta-feira (13), entre 14h e 20h, e a sequência de chamada respeita a ordem alfabética.
Na sala da primeira turma, que foi adaptada, os réus devem ficar lado a lado. Na tribuna principal, estarão Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e assessores. Além disso, os demais ministros também poderão acompanhar as sessões.
Mauro Cid, que fechou delação premiada com a Polícia Federal, será o primeiro interrogado. Depois do interrogatório com o delator, os demais réus são chamados por ordem alfabética.
Veja a ordem do interrogatório:
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens da Presidência;
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Jair Bolsonaro, ex-presidente da Reública;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Souza Braga Neto, ex-ministro da Casa Civil.
Por estar preso no Rio de Janeiro, Braga Neto será interrogado por videoconferência e sua fala será exibida em um telão.
Entre as questões que devem ser colocadas aos réus estão perguntas sobre “se é verdadeira a acusação”, “se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada o crime”, “onde estava ao tempo em que foi cometida a infração” e “se tem algo a declarar em sua defesa”.
O que diz a denúncia?
A denúncia da PGR, enviada ao STF em 26 de março, afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa junto com seu então candidato a vice-presidente, Braga Netto.
Segundo a denúncia, aliados a outras pessoas, entre civis e militares, eles tentaram impedir de forma coordenada que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido. Os acusados foram divididos em núcleos pela PGR.
A PF reuniu elementos que, segundo a PGR, indicam a participação do ex-presidente na tentativa de ruptura institucional, como os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica.
Eles confirmaram, por exemplo, que Bolsonaro tratou da chamada minuta golpista.
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