Quarta-feira, 16 de Julho de 2025

Home Rio Grande do Sul Compra de votos: ex-vice-prefeito de município gaúcho fica inelegível por oito anos

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A Justiça Eleitoral condenou por abuso de poder econômico e compra de votos um ex-candidato à prefeitura de Frederico Westphalen (Noroeste gaúcho) no pleito de 2024. Uma investigação realizada pelo Ministério Público Eleitoral, com o apoio da Polícia Civil, demonstrou que o postulante, que era vice-prefeito na época, realizou ampla distribuição de “vales-combustível” em troca de votos e apoio político.

Mesmo que o candidato não tenha sido eleito, a sentença reconheceu a prática ilícita. O réu está agora inelegível por oito anos e ainda terá que pagar multa R$ 20 mil.

Somente no dia 5 de outubro – véspera da disputa municipal – teriam sido realizados ao menos 78 abastecimentos em um posto de combustíveis ligado ao candidato, mediante a utilização de 201 “vales”, em um total de 1.407 litros.

De acordo com o promotor eleitoral Thiago Luís Reinert, responsável pela investigação, “trata-se de decisão paradigmática, que reconhece não apenas o trabalho realizado pelas instituições e órgãos que atuaram para garantir a lisura e a higidez do pleito eleitoral, mas também a necessidade de exemplar punição àqueles que atentam contra os princípios e valores democráticos”.

Vale do Sinos

Já em São Leopoldo (Vale do Sinos), a Polícia Civil gaúcha investiga um político que exerceu cargo de vereador na legislatura de 2021 a 2024, além de sua companheira e de assessores que atuaram no gabinete do parlamentar. Eles são suspeitos de envolvimento em esquema de “rachadinha”, quando salários de colaboradores são parcialmente apropriados, de forma  indevida, por ocupante de cargo superior.

Mandados de busca foram cumpridos na terça-feira (14) em endereços ligados ao grupo. Também foi realizado o bloqueio judicial de investimentos em criptomoedas destinadas a “lavar” ou ocultar os ganhos indevidos do então vereador, que não teve seu nome divulgado – sabe-se, porém, que ele concorreu a prefeito na eleição de 2024, sem êxito.

Possivelmente responsável por desvios que chegam a R$ 90 mil em dois anos, o suposto esquema entrou na mira da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) local, que se debruça desde 2023 ao caso, denunciado por um ex-assessor que havia sido obrigado a repassar parte de seus vencimentos ao chefe de gabinete do vereador.

O delator também contou aos investigadores que sua atuação, na prática, se dava meramente como funcionário-fantasma. O único objetivo de sua nomeação era receber o salário e repassá-lo parcialmente ao esquema. A investigação prossegue.

(Marcello Campos)

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