Domingo, 13 de Julho de 2025

Home Grêmio Compra dos direitos administrativos da Arena por pré-candidato à presidência do Grêmio foi noticiada duas semanas antes pelo jornalista Luiz Carlos Reche, da Rádio Grenal

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O anúncio da compra dos direitos administrativos da Arena do Grêmio por um dos pré-candidatos à presidência do Tricolor gaúcho, na sexta-feria (11), pode ter pego muita gente de surpresa. Menos o jornalista esportivo Luiz Carlos Reche, da Rádio Grenal. Ele já havia divulgado em primeira-mão a novidade no dia 27 de junho, apesar do desmentido do protagonista de uma negociação que pode redefinir o futuro do clube.

“Quando eu entrevistei o pré-candidato Marcelo Marques, em meio a um debate acirrado, ele se limitou a dizer que ‘iria fazer força para adquirir o estádio’ e que minha notícia era uma ‘barrigada’ [informação que não corresponde à realidade, no jargão jornalístico] com risco de atrapalhar um negócio que supostamente ainda não se concretizara, em meio a cláusulas de confidencialidade e tal”, conta Reche.

O repórter e comentarista balizado por quase 40 anos de profissão prossegue em seu relato: “Naquela mesma ocasião, eu continuei firme e, com base em minhas fontes, acrescentei que a operação não apenas tinha avançado, com a compra dos dois terços da Arena, correspondentes à empresa Revee, e as tratativas para a aquisição da Metha, braço da Arena Porto-Alegrense [ex-OAS] na administração do estádio”.

Documentos trazidos à tona acabaram por confirmar que Marques finalizou a transação. A iniciativa teve efeitos imediatos na campanha pelo comando do Grêmio: já na sexta-feira, o também pré-candidato Paulo Caleffi anunciou sua retirada da disputa. Ele argumentou “ter sentido que o momento é para outro dirigente”, ao mesmo tempo em que defendeu a necessidade de união em torno de um projeto sólido para o futuro do Tricolor do bairro Humaitá.

Caleffi, que já ocupou a vice-presidência gremista, acrescentou ter pesado em sua decisão de retirada a necessidade de “proteger a família, devido ao momento ‘bélico’ que, segundo ele, tem marcado a campanha.

Detalhes do negócio

Informações extraoficiais apontam que o negócio totaliza aproximadamente R$ 120 milhões. Mas ainda faltam alguns detalhes para sua oficialização. O tema está na pauta de uma reunião, a ser realizada nos próximos dias, entre o presidente gremista Alberto Guerra – que precisa concordar com a operação – e o pré-candidato Marcelo Marques, que atua como empresário no ramo de alimentação (por meio da firma Marquespan, fundada em 1999) e ajudou a pagar os salários do atacante uruguaio Luis Suárez, em 2023.

“O presidente Guerra já disse que dará seu aval, mas a compra precisará passar pelo crivo do Conselho Deliberativo, que não deve se opor”, antecipa Luiz Carlos Reche. “Resta agora, a definição de aspectos relacionados ao futuro da Arena. O Marcelo Marques vai doar o estádio ao clube ou cobrará, mais adiante? Ele também prometeu pagar as dívidas bancárias do clube, além de cinco grandes reforços para o time. Agora é esperar”.

Processo eleitoral

Além de Marcelo Marques, a lista de pré-candidatos tem Denis Abraão, Gladimir Chiele e Sérgio Canozzi. A eleição do novo presidente gremista deve ser realizada na segunda quinzena de novembro, após uma série de etapas:

– Meados de agosto: inscrição das chapas para a disputa, entre os sócios, dos integrantes do Conselho Deliberativo do clube, mais 30 suplentes.

– Final de setembro (data a confirmar): eleição do Conselho Deliberativo.

– Início de novembro: inscrição das chapas que concorrerão à presidência.

– Segunda quinzena de novembro: eleição para o comando do clube, primeiro entre os 343 conselheiros do Tricolor e depois entre os sócios, que participação do pleito presencialmente na Arena ou pela internet.

(Marcello Campos)

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