Sábado, 26 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de julho de 2025
O acesso à internet e o uso de celulares bateram novo recorde no ano passado no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad TIC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, o serviço de internet estava presente em 74,9 milhões de domicílios no ano passado (93,6%), alta de 1,1 ponto porcentual ante 2023.
No caso dos aparelhos celulares, a alta foi de 1,3 ponto porcentual em relação a 2023 – no ano passado, havia 167,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais com telefone móvel para uso pessoal, 88,9% desse estrato. Desde 2016, o País registrou um avanço de 11,5 pontos porcentuais no total de usuários de aparelhos móveis.
Web
De acordo com os dados do IBGE, o uso de banda larga continua em expansão. A participação da banda larga móvel subiu de 83,3% para 84,3% entre 2023 e 2024, enquanto a fixa avançou de 86,9% para 88,9% no mesmo intervalo.
“O uso de banda larga continua se expandindo no Brasil. Em 2024, ambos os tipos de conexão por banda larga ( fixa e móvel) mostraram crescimento nos domicílios, com destaque para a banda larga fixa, que teve aumento superior à banda larga móvel, ampliando a diferença entre elas na taxa de adoção”, explicou o analista do IBGE Leonardo Areas Quesada.
Segundo os dados do IBGE, nos três meses anteriores à entrevista, 168 milhões de brasileiros declararam ter acessado a rede: 90,2% em áreas urbanas e 81% em zonas rurais. A frequência diária de utilização foi mencionada por 95,2% do total, o maior índice da série.
O levantamento mostrou ainda que, embora o uso da internet ainda seja menor entre residentes em áreas rurais, o intervalo em relação à população urbana vem diminuindo de forma consistente. Em 2016, a diferença era maior do que 40 pontos porcentuais (35% ante 76,6%). Em 2024, caiu para 9,9 pontos porcentuais (84,8% antes 94,7%).
Nos 5,1 milhões de domicílios em que não havia utilização da internet, os três motivos que mais se destacaram foram: nenhum morador sabia usar a internet (32,6%), serviço de acesso era caro (27,6%) e falta de necessidade (26,7%).
Na área rural, além dos três motivos mais alegados, se destacou a falta de disponibilidade do serviço na área do domicílio, que representou 12,1% (era 13,8% em 2023) das residências em que não havia utilização da internet em área rural.
Mobilidade
No recorte sobre o uso de celulares, o grupo que mais ganhou conectividade foi o de idosos. Entre 2019 e 2024, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que possuem celular subiu de 66,6% para 78,1%. Ainda assim, o aparelho não é unanimidade. “Para 60% dos idosos, a principal razão para não ter o aparelho é não saber usá-lo”, explica o analista do IBGE Gustavo Geaquinto Fontes.
Em relação ao telefone fixo convencional, apenas 7,5% dos domicílios tinham o aparelho, enquanto a posse de celular chegou ao maior porcentual da série histórica em 2024 (97%). Em 89,9% dos domicílios havia apenas telefone móvel celular.
Os aparelhos móveis seguem absolutos como equipamento mais utilizado para acessar a internet: em 2024, 98,8% dos usuários de 10 anos ou mais navegaram pelo aparelho, superando com folga o microcomputador (33,4%) e o tablet (8,3%). Já o porcentual de pessoas que acessaram a internet pela televisão chegou a 53,5%.
O retrato é muito diferente de 2016, quando o acesso pelo computador representava 63,2% e as conexões por meio da televisão eram 11,3% e no tablet, 16,4%. O celular, por sua vez, já representava 94,8% dos acessos.
De 2023 para 2024, entre apopulação de 10 anos ou mais que possuía telefone celular para uso pessoal, a parcela com acesso à internet por meio do aparelho passou de 96,7% para 97,5%. Na área rural, o indicador cresceu 1,7 ponto porcentual, de 94,3% para 96%, mas ainda ficou ligeiramente abaixo do verificado na área urbana, que avançou de 97% para 97,7%.
Streaming
O hábito de assistir a filmes, novelas ou jornais continua migrando para a internet, segundo o IBGE. No ano passado, 43,4% dos lares dispunham de serviço pago de streaming de vídeo. Houve um acréscimo de 1,5 milhão de residências com acesso ao serviço ante 2023, totalizando 32,7 milhões de casas.
O avanço das plataformas digitais contrasta com o encolhimento da TV por assinatura tradicional. O serviço estava presente em 18,3 milhões de domicílios em 2024, o equivalente a 24,3% dos lares com televisor, recuo de 0,9 ponto porcentual em relação a 2023. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)
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