Sexta-feira, 16 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de novembro de 2021
A Conmebol anunciou nesta quarta-feira (17) que suspendeu por tempo indeterminado os árbitros Andrés Cunha e Esteban Ostojich, que atuaram no campo e no VAR, respectivamente, do clássico entre Argentina e Brasil, na noite de terça-feira. A partida, que terminou 0 a 0, ficou marcada por uma polêmica dividida entre Raphinha e Otamendi, cuja análise da arbitragem provocou indignação na seleção brasileira.
Confira o comunicado completo:
“Considerando que a atuação do Árbitro Principal Andrés Ismael Cunha Soca Vargas e do Árbitro VAR Esteban Daniel Ostojich Vega, designados para o mencionado jogo, foram analisadas tecnicamente por esta Comissão, concluindo que os mesmos cometeram erros graves e manifestos no exercício de suas funções no desenvolvimento da partida, pontualmente na seguinte situação:
– Minuto 33: Conduta Violenta do Jogador N°19 Nicolás Hernán Gonzalo Otamendi (ARG) contra um adversário colocando em risco a integridade física do mesmo com uso do braço no rosto.
Como consequência, a Comissão de Árbitros da CONMEBOL RESOLVE
1. SUSPENDER os Árbitros ANDRÉS ISMAEL CUNHA SOCA e ESTEBAN DANIEL OSTOJICH VEGA por tempo indeterminado no exercício de suas funções em competições organizadas pela CONMEBOL.
2. NOTIFICAR os Árbitros ANDRÉS ISMAEL CUNHA SOCA e ESTEBAN DANIEL OSTOJICH VEGA.
O lance aconteceu aos 33 minutos do primeiro tempo, quando o atacante brasileiro e o zagueiro argentino se envolveram em dividida na saída da área albiceleste. Na disputa, Otamendi acerta Raphinha no rosto com o braço. O brasileiro teve um sangramento na boca e precisou levar pontos no intervalo.
“O Cunha é um extraordinário árbitro, a qualidade técnica e percepção deles são altíssimas, um aspecto disciplinar muito alta, mas arbitragem exige uma equipe de trabalho. Quem está no VAR… É simplesmente impossível, vou repetir, é simplesmente impossível, não ver a cotovelada do Otamendi no Raphinha. Isso ia determinar no resultado? Não sei. Grande jogo entre os dois? Grande jogo. Mas tem um componente que tem que ser igual”, criticou o técnico da seleção brasileira, Tite.
“Árbitro de alto nível de VAR não pode trabalhar desta forma, é inconcebível. Não é o termo que queria dizer, estou falando esse porque sou educado”, encerrou.
Conmebol divulga checagem
Nesta quarta-feira, a Conmebol divulgou vídeo e áudio da checagem do VAR no lance. Em processo que demorou cerca de três minutos, a equipe do VAR chega a recomendar marcação de falta e cartão amarelo ao árbitro Andrés Cunha, que nada marcou.
No diálogo entre árbitro, o comandante do VAR Esteban Ostojich e um AVAR (auxiliar do VAR), a equipe tenta entender se houve agressão (golpe) de Otamendi no lance, em chacagem de possível cartão vermelho. As imagens são revisadas em diferentes ângulos e velocidades, visando a aferir a intensidade. Outro detalhe observado foi se o lance ocorreu dentro ou fora da área.
A sala do VAR chega em entrar em consenso de que o lance é para cartão amarelo e marcação de falta. Mas Cunha optou por manter a decisão de não marcar infração nem aplicar cartão. Veja trecho do diálogo e assista ao vídeo:
VAR: Eu considero que o golpe é com o antebraço no rosto, com intensidade média. Me parece que é falta com cartão amarelo. Não considero vermelho. Estamos de acordo?
AVAR: Estamos de acordo.
VAR: Andrés, checagem completa. Uso de braços indevido ao limite.
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