Sábado, 27 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 27 de dezembro de 2025
O alívio nas contas de luz para janeiro de 2026 com acionamento da bandeira verde, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Anee) deve se manter nos primeiros meses de 2026, avaliam especialistas do setor elétrico.
O cenário indica condições mais favoráveis de geração de energia elétrica no Brasil no início do ano, apesar das chuvas abaixo da média histórica nos primeiros meses do período úmido.
A Aneel indicou uma redução da bandeira de energia elétrica do atual patamar amarelo para, a partir de janeiro, verde. Isso significa que o primeiro mês de 2026 não terá cobranças adicionais nas contas de luz. A bandeira amarela em vigor em dezembro já representa redução na cobrança extra nas contas de luz em relação a meses anteriores, marcando o início do período chuvoso – quando, em geral, as condições de geração são melhores e mais baratas. Nos meses anteriores foi necessário recorrer aos dois patamares de bandeira vermelha, com o custo adicional cobrado na conta de luz chegando, em alguns meses, de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Ao anunciar a bandeira verde para janeiro, a agência reguladora sinalizou que em novembro e dezembro houve no país, de maneira geral, manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das hidrelétricas. Assim, em janeiro será necessário ligar menos usinar térmicas, que geram energia mais cara e poluente, o que evitará a cobrança adicional.
Daniel Ito, gerente de Monitoramento Estratégico da Esfera Energia, afirma que as suas projeções mais atuais “indicam bandeira verde nos primeiros quatro meses, e em maio ficando no limiar entre verde e amarelo e de junho em diante de amarelo a vermelho patamar 2”.
De acordo com ele, ainda existem, no entanto, muitas incertezas para 2026. Uma delas diz respeito a uma questão técnica, como a sazonalização da garantia física das usinas, que representa a quantidade máxima de energia que uma usina pode entregar de forma consistente. Essa variável serve como base para os contratos de venda de energia e é um dos critérios utilizados para definir qual bandeira será adotada em cada mês.
O especialista afirma que, apesar das incertezas, a expectativa é de um comportamento próximo ao observado em 2025. Apesar de este ano iniciado com bandeira no patamar verde, uma série de fatores, incluindo mudanças técnicas nos modelos utilizados, contribuiu para uma rápida escalada do patamar da bandeira ao longo do ano. Esses fatores fizeram com que, na metade de 2025, os patamares mais elevados fossem acionados.
“As projeções podem mudar devido a diversos fatores, mas a expectativa é que 2026 siga um perfil próximo ao observado em 2025, e a menos que as chuvas venham muito acima da média no período seco do Sudeste, as bandeiras devem elevar os custos do ambiente cativo no segundo semestre”, disse o especialista.
Caso o cenário de bandeira verde concretize nos próximos meses, como ocorreu em janeiro, o período será marcado por o alívio no bolso dos consumidores e menor pressão altista sobre a inflação.
“Essa condição {conta de energia menos pressionada] tende a se manter ao longo de, pelo menos, o primeiro semestre. Nesse período, devido à sazonalidade da geração hidráulica — especialmente nas regiões Norte e Sudeste –, costuma haver maior disponibilidade de energia”, avalia Gabriel Apoena, gerente de Inteligência de Mercado da Electra Energia
A Ampere projeta bandeira verde entre os meses de fevereiro a julho, com evolução para bandeira vermelha patamar 1 em agosto e setembro e para vermelha patamar 2 em outubro e novembro.
“Ao final do período úmido, a partir de maio, quando normalmente veríamos a bandeira mudar para amarela ou vermelha, as previsões meteorológicas da Ampere indicam a ocorrência de chuvas volumosas no Sul, elevando assim a quantidade de água que chega aos reservatórios, reduzindo o preço da energia e, consequentemente, mantendo a bandeira verde”, afirma o sócio-consultor da empresa Guilherme Ramalho de Oliveira.
No questionário que antecedeu a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dos 98 analistas do setor privado que responderam para o Banco Central (BC), 87% esperam para o fim de março bandeira verde e 13% esperam bandeira amarela. As projeções são usadas pelo Copom para ajudar a projetar a inflação e, consequentemente, conduzir a taxa básica de juros. Com informações do portal Valor Econômico.
Por Redação Rádio Pampa | 27 de dezembro de 2025
O alívio nas contas de luz para janeiro de 2026 com acionamento da bandeira verde, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Anee) deve se manter nos primeiros meses de 2026, avaliam especialistas do setor elétrico.
O cenário indica condições mais favoráveis de geração de energia elétrica no Brasil no início do ano, apesar das chuvas abaixo da média histórica nos primeiros meses do período úmido.
A Aneel indicou uma redução da bandeira de energia elétrica do atual patamar amarelo para, a partir de janeiro, verde. Isso significa que o primeiro mês de 2026 não terá cobranças adicionais nas contas de luz. A bandeira amarela em vigor em dezembro já representa redução na cobrança extra nas contas de luz em relação a meses anteriores, marcando o início do período chuvoso – quando, em geral, as condições de geração são melhores e mais baratas. Nos meses anteriores foi necessário recorrer aos dois patamares de bandeira vermelha, com o custo adicional cobrado na conta de luz chegando, em alguns meses, de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Ao anunciar a bandeira verde para janeiro, a agência reguladora sinalizou que em novembro e dezembro houve no país, de maneira geral, manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das hidrelétricas. Assim, em janeiro será necessário ligar menos usinar térmicas, que geram energia mais cara e poluente, o que evitará a cobrança adicional.
Daniel Ito, gerente de Monitoramento Estratégico da Esfera Energia, afirma que as suas projeções mais atuais “indicam bandeira verde nos primeiros quatro meses, e em maio ficando no limiar entre verde e amarelo e de junho em diante de amarelo a vermelho patamar 2”.
De acordo com ele, ainda existem, no entanto, muitas incertezas para 2026. Uma delas diz respeito a uma questão técnica, como a sazonalização da garantia física das usinas, que representa a quantidade máxima de energia que uma usina pode entregar de forma consistente. Essa variável serve como base para os contratos de venda de energia e é um dos critérios utilizados para definir qual bandeira será adotada em cada mês.
O especialista afirma que, apesar das incertezas, a expectativa é de um comportamento próximo ao observado em 2025. Apesar de este ano iniciado com bandeira no patamar verde, uma série de fatores, incluindo mudanças técnicas nos modelos utilizados, contribuiu para uma rápida escalada do patamar da bandeira ao longo do ano. Esses fatores fizeram com que, na metade de 2025, os patamares mais elevados fossem acionados.
“As projeções podem mudar devido a diversos fatores, mas a expectativa é que 2026 siga um perfil próximo ao observado em 2025, e a menos que as chuvas venham muito acima da média no período seco do Sudeste, as bandeiras devem elevar os custos do ambiente cativo no segundo semestre”, disse o especialista.
Caso o cenário de bandeira verde concretize nos próximos meses, como ocorreu em janeiro, o período será marcado por o alívio no bolso dos consumidores e menor pressão altista sobre a inflação.
“Essa condição {conta de energia menos pressionada] tende a se manter ao longo de, pelo menos, o primeiro semestre. Nesse período, devido à sazonalidade da geração hidráulica — especialmente nas regiões Norte e Sudeste –, costuma haver maior disponibilidade de energia”, avalia Gabriel Apoena, gerente de Inteligência de Mercado da Electra Energia
A Ampere projeta bandeira verde entre os meses de fevereiro a julho, com evolução para bandeira vermelha patamar 1 em agosto e setembro e para vermelha patamar 2 em outubro e novembro.
“Ao final do período úmido, a partir de maio, quando normalmente veríamos a bandeira mudar para amarela ou vermelha, as previsões meteorológicas da Ampere indicam a ocorrência de chuvas volumosas no Sul, elevando assim a quantidade de água que chega aos reservatórios, reduzindo o preço da energia e, consequentemente, mantendo a bandeira verde”, afirma o sócio-consultor da empresa Guilherme Ramalho de Oliveira.
No questionário que antecedeu a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dos 98 analistas do setor privado que responderam para o Banco Central (BC), 87% esperam para o fim de março bandeira verde e 13% esperam bandeira amarela. As projeções são usadas pelo Copom para ajudar a projetar a inflação e, consequentemente, conduzir a taxa básica de juros. Com informações do portal Valor Econômico.