Terça-feira, 02 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de setembro de 2025
A Casa do Cooperativismo do Sistema Ocergs na Expointer 2025 recebeu, na tarde desta segunda-feira (1º), o bate-papo “ESG que Transforma”, mediado pela jornalista e especialista em ESG Giuliana Morrone, autora do livro Mitos e Verdades sobre ESG, que conta com um capítulo específico sobre cooperativismo. O evento apresentou iniciativas sustentáveis das cooperativas Vinícola Aurora, Coasa e Cooperlíquidos, reforçando o papel do cooperativismo na economia circular, na preservação do solo e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
Na abertura, a jornalista, que tem se debruçado sobre o tema da sustentabilidade e viajado o país para falar a respeito, destacou o cooperativismo como solução de negócio que contribui para um futuro mais justo e inclusivo, sem abrir mão da performance financeira. “Não existe um modelo melhor que o cooperativismo, e o Rio Grande do Sul é um dos berços no Brasil, pois as cooperativas gaúchas são exemplo para outros estados. O cooperativismo está em tudo quanto é lugar, mas eu avalio que o brasileiro ainda não tem consciência do quão importante ele é”, destacou Giuliana. Cerca de 80 pessoas acompanharam o painel, que ocorreu no auditório da Casa.
Para o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, as premissas e o modelo de atuação das cooperativas podem inspirar soluções para os desafios que o estado tem enfrentado no que se refere aos impactos das mudanças climáticas. “O cooperativismo é feito por pessoas comprometidas com gestão profissional, respeito ao associado e desenvolvimento integral da comunidade. Eventos como este, que apresentam iniciativas concretas, mostram o potencial das cooperativas em unir rentabilidade, inovação e responsabilidade ambiental no RS”, afirmou.
Solução em embalagens
A apresentação dos cases começou pela Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, na Serra, que há três anos iniciou a substituição do material das embalagens de suco de uva. Foi em meio à pandemia, diante da escassez de garrafas de vidro. A empresa encarou o desafio como oportunidade. Hoje, 60% das embalagens da Aurora são em TetraPak, uma solução aliada ao planejamento estratégico da empresa.
“As embalagens TetraPak reduzem impactos ambientais, reforçam o compromisso da cooperativa com a economia circular e potencializam os negócios. A implementação da segunda linha, até o final do ano, trará ainda mais benefícios”, adiantou a gerente de Sustentabilidade da Aurora, Cassandra Giacomazzi.
Certificações de sustentabilidade
A presidente da Cooperlíquidos, Etiane Clavijo, mostrou como as certificações de sustentabilidade da empresa se tornaram diferenciais competitivos no mercado. Com sede em Canoas, na Grande Porto Alegre, a transportadora de produtos perigosos é certificada por atender padrões globais de qualidade, incluindo o de gestão ambiental.
Com o objetivo de neutralizar as emissões de carbono, a cooperativa realiza inventário de emissões de gases de efeito estufa. Entre as medidas com foco na preservação ambiental, estão ainda a renovação de 80% da frota própria em um ano – com redução dos veículos mais antigos que emitem maior quantidade de CO2 –, o descarte correto de resíduos e o tratamento de efluentes.
Operação 365
O último projeto foi apresentado pelo engenheiro agrônomo da Coasa Ronaldo Scariot, que falou sobre as iniciativas de cuidado com o solo que a cooperativa de Água Santa, no Norte do estado, cultiva durante o ano todo. Por meio do projeto Operação 365, capitaneado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) e Embrapa, os produtores garantem a cobertura vegetal do solo nos 365 dias do ano, de modo a evitar a erosão, contribuir para o sequestro de carbono, diminuir o uso de fertilizantes sintéticos e aumentar para três o número de safras ao ano.
“Essa iniciativa surgiu durante a pandemia e envolveu dez cooperativas, entre elas a Coasa. Para engajar os produtores no cuidado com a qualidade do solo, lançamos, mais recentemente, a certificação “Nosso Solo, Nossa Colheita” e também criamos um evento técnico para atrair o maior número possível de associados. Estamos indo para o quarto ano em 2026”, resumiu Ronaldo.
Programação da Casa do Cooperativismo
Mais do que um ponto de encontro, a Casa funciona como uma plataforma de relacionamento, negócios e experiências imersivas voltadas à agenda ESG. A programação segue com painéis e reuniões que envolvem agronegócio, governança e sustentabilidade.
Confira a programação completa:
https://somoscooperativismo-rs.coop.br/noticias/expointer-2025-casa-do-cooperativismo-conecta-negocios-em-esg-e-bioma-gaucho
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