Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 3 de novembro de 2025
O Ministério Público denunciou o publicitário Ricardo Jardim, acusado de matar e esquartejar Brasilia Costa, cuja morte ganhou repercussão após parte do corpo ter sido encontrada dentro de uma mala na rodoviária de Porto Alegre. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3), durante coletiva de imprensa.
Segundo a promotora Luciana Cano Casarotto, o caso deve ser lembrado pelo nome da vítima. “Vamos chamar esse crime de Caso Bia, e não de ‘Caso da Mala’. Ela não era uma mala, era uma mulher morta por um homem que queria controlá-la”, afirmou.
Jardim, que está preso preventivamente, foi denunciado por oito crimes: feminicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver, uso de documento falso, falsa identidade, falsificação de documento público, furto e invasão de dispositivo informático. A Defensoria Pública segue responsável por sua defesa e informou que se manifestará apenas nos autos.
A investigação aponta que o crime ocorreu entre 8 e 9 de agosto, período em que o suspeito comprou luvas, lona e uma serra. Já no dia 14 de agosto, ele teria adquirido a mala usada para transportar o corpo. O objeto foi deixado no guarda-volumes da rodoviária em 20 de agosto, sob nome e endereço falsos.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado teria forrado o chão do quarto onde estava hospedado com lona, numa tentativa de abafar o som do esquartejamento. Quatro dias após o homicídio, em 13 de agosto, os braços da vítima foram encontrados dentro de um saco de lixo no bairro Santo Antônio, zona Leste da Capital.
O tronco foi localizado dias depois, dentro da mala deixada na rodoviária. As pernas surgiram entre 6 e 7 de setembro: uma na orla de Ipanema e outra próxima à avenida Edvaldo Pereira Paiva, às margens do Guaíba.
Informações obtidas pela polícia indicam que o suspeito teria descartado a cabeça da vítima em um contêiner de lixo orgânico na região do Gasômetro. A principal hipótese é que o material tenha sido recolhido por um caminhão de coleta e encaminhado ao aterro de Minas do Leão, na Região Carbonífera.