Domingo, 28 de Dezembro de 2025

Home Brasil Correios tomam empréstimo de 12 bilhões de reais com garantia do Tesouro Nacional deve entrar na conta até terça

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Os Correios fecharam um empréstimo de R$ 12 bilhões com um grupo de cinco bancos e devem receber os recursos até, no máximo, terça-feira. De acordo com a edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o contrato foi assinado na sexta-feira e o dinheiro deve entrar na terça. A operação de crédito realizada com Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil terá garantia da União, autorizada pelo ministro da Fazenda interino, Dario Durigan.

O dinheiro, no curto prazo, será usado para pagar obrigações da estatal, como o pagamento de salários, dos precatórios e de dívidas em atraso. Assim, a empresa deve voltar a ficar adimplente.

Segundo o extrato da operação, o contrato terá duração de 15 anos, até 2040. O objetivo é financiamento para capital de giro e investimentos estratégicos. Desde que o presidente Emmanoel Rondon assumiu a empresa, no final de setembro, vinha tentando fechar o negócio para pagar dívidas em atraso e colocar de pé um plano de reestruturação.

O empréstimo é condicionado a um plano de reestruturação dos Correios com medidas de corte de gastos e aumento de receitas para que a estatal volte a ter lucro em 2027.

O plano prevê a demissão voluntária de 15 mil trabalhadores, sendo 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027. Também está previsto o fechamento de 1 mil unidades dos Correios e novas parcerias com o setor privado.

A crise dos Correios

Os Correios enfrentam uma crise econômico-financeira que já se estende por 12 trimestres consecutivos, com prejuízos acumulados desde 2022.

Apenas no primeiro semestre de 2025, o prejuízo chegou a R$ 4,36 bilhões, o maior da história da estatal.

Diante da falta de recursos, a empresa e o governo federal passaram, a partir de janeiro deste ano, a discutir medidas para reequilibrar as contas. Entre os principais fatores da crise, estão:

forte aumento dos gastos com pessoal;
mudanças no programa Remessa Conforme — que reduziram receitas com encomendas internacionais;
queda acentuada no fluxo de caixa (quando entra menos dinheiro do que o necessário para pagar as contas);
crescimento das despesas com precatórios (crescimento das dívidas que a empresa é obrigada a pagar por decisões da Justiça);
85% das agências operam no prejuízo.

Para tentar reverter o cenário, a nova gestão aprovou um plano de reestruturação que inclui corte de custos, Programa de Demissão Voluntária (PDV), venda de imóveis ociosos, renegociação de contratos, redução da jornada de trabalho, mudanças nos planos de saúde, retorno ao trabalho presencial e lançamento de um marketplace próprio.

Nos bastidores, o debate sobre a privatização dos Correios voltou a ganhar força como alternativa ao modelo atual.

Em meio às negociações para socorrer a estatal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou qualquer possibilidade de privatização dos Correios, apesar da crise enfrentada pela empresa.

O petista avaliou que as dificuldades financeiras podem ser resultado de uma “gestão equivocada”. Com informações dos portais O Globo e G1.

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