Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 31 de julho de 2025
Cotada para disputar uma vaga no Senado Federal em 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) transferiu novamente seu domicílio eleitoral, desta vez do Rio de Janeiro para o Distrito Federal. Com isso, ela se habilita a concorrer por Brasília nas próximas eleições gerais. Michelle teve seu primeiro registro de domicílio eleitoral na região administrativa de Ceilândia (DF), mas depois transferiu para o Rio. Agora, retorna ao DF, onde o PL articula candidaturas fortes para o Senado e para a Câmara.
A ex-primeira-dama é presidente nacional do PL Mulher e tem intensificado sua presença pública por meio de viagens por diversos estados, participando de eventos partidários e encontros com a base bolsonarista. Michelle vem sendo apontada como um dos principais nomes da direita para representar o bolsonarismo nas urnas em 2026, especialmente diante da inelegibilidade de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de seu nome ser cotado para o Senado, ela também surge como possível presidenciável. Sem a possibilidade de Bolsonaro disputar novamente a Presidência até 2030 — já que foi declarado inelegível e responde como réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado —, setores do PL e da base conservadora buscam alternativas para manter o capital político do ex-presidente em evidência. Michelle aparece como uma figura carismática e com potencial de transferência de votos.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, também é apontado como alternativa da direita para a corrida presidencial, mas, segundo interlocutores do partido, sua tendência é tentar a reeleição ao Senado. A família Bolsonaro, no entanto, enfrenta certa resistência dentro do Centrão para liderar uma eventual chapa presidencial, o que poderá impactar a formação de alianças em 2026.
Em declarações recentes, Michelle Bolsonaro demonstrou alinhamento com o discurso político do marido, defendendo maior presença conservadora no Congresso Nacional, especialmente no Senado. Em julho deste ano, ela reforçou o posicionamento de Jair Bolsonaro sobre a necessidade de se formar maioria na Casa, que tem atribuições relevantes como sabatinas de indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e possibilidade de autorizar processos de impeachment.
“Bolsonaro falava para mim, em 2017: a história da política só vai mudar quando o povo brasileiro entender que até o botijão de gás passa pelo Congresso. Precisamos ocupar os espaços com representatividade, precisamos, cada vez mais, nos posicionar”, disse Michelle, em um dos eventos do PL Mulher.
Nas eleições de 2022, o PL se consolidou como a maior bancada nas duas Casas Legislativas, elegendo 99 deputados federais e 14 senadores, o que fortalece sua influência para as próximas disputas. (Com informações do Valor Econômico)
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