Domingo, 25 de Maio de 2025

Home Brasil Cotado para disputar o Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que partidos de centro e de direita estarão unidos para enfrentar o Lula

Compartilhe esta notícia:

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse na noite desta quinta-feira (22), que partidos de centro e de direita estarão unidos para enfrentar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026. A declaração foi dada ao lado de presidentes de siglas que têm ministros no governo, como Gilberto Kassab (PSD), Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP). Também estavam no palco Renata Abreu, presidente do Podemos, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

O encontro teve como objetivo a filiação ao PP do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que estava no PL. Segundo a organização, mais de 500 pessoas estavam presentes em um espaço na Vila Olímpia — incluindo deputados, senadores, prefeitos e vereadores do PP de São Paulo e de outros Estados, além de parlamentares dos outros partidos.

Apesar de ser um evento partidário. Tarcísio afirmou que não poderia passar despercebido o simbolismo de todos os presidentes citados acima estarem no mesmo palanque. “Se alguém duvida que esse grupo vai estar unido no ano que vem, eu digo para vocês: esse grupo estará unido. Esse grupo vai ser forte, tem projeto para o Brasil e vai fazer a diferença”, discursou o governador.

Em seguida, Tarcísio criticou o governo Lula, mas sem citar expressamente o presidente. “No momento que tem muita gente perdida lá em Brasília, que não sabe o caminho, e que as decisões são tomadas de forma casuística e até irresponsável, tem um grupo aqui que está unido, sabe o caminho, vai fazer a diferença e que pensa Brasil 24 horas por dia”, afirmou o governador.

Embora o discurso indique uma inclinação presidencial de Tarcísio, ele repete que será candidato à reeleição em São Paulo. Uma aliada do governador avaliou que a fala indica que ele quer fazer parte de um projeto para o Brasil, mas sem ser o candidato contra Lula, posição que Tarcísio já teria expressado em declarações anteriores.

Apesar disso, ao chegar ao evento, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto deixaram no ar a possibilidade de Tarcísio ser candidato a presidente. Ambos, porém, disseram que vão insistir até o fim na candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Nós vamos passar a defender legitimamente o nome do Derrite ao governo”, respondeu Ciro Nogueira a uma pergunta sobre o que aconteceria se o governador decidir disputar o Palácio do Planalto.

Já Valdemar foi questionado se, além da candidatura de Eduardo Bolsonaro (PL) ao Senado, o PL pleitearia a vice na chapa de Tarcísio em São Paulo. “Nós temos que ver o que o Tarcísio vai resolver para a gente poder resolver nossa vida”, afirmou.

Derrite voltou ao PP, partido ao qual esteve filiado entre 2018 e 2022, após um acordo costurado por Bolsonaro, Tarcísio, Ciro Nogueira e Valdemar. Com a troca partidária, ele praticamente sela o apoio dos quatro e de PL e PP para ser candidato ao Senado na chapa do governador na eleição de 2026. Derrite foi liberado por Valdemar e irá manter o mandato de deputado federal, do qual está licenciado.

O secretário disse que em todas as conversas com Tarcísio o chefe do Executivo nunca mencionou a possibilidade de se candidatar a presidente, mas reconheceu que o cenário pode mudar e nada está descartado.

“Eu acho que a direita tem que escolher um nome que tenha capacidade de vencer a eleição. E esse nome deve ser consenso de todo esse grupo que estava aqui hoje. O Tarcísio, sem dúvida alguma, tem todas as qualidades para ser o melhor presidente da história. Agora, o projeto dele é, de fato, a reeleição”, afirmou Derrite.

Ele minimizou a ausência do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que se movimenta nos bastidores para ser o sucessor de Tarcísio no governo de São Paulo. Segundo Derrite, Nunes mandou uma mensagem justificando a ausência e o parabenizando pela filiação. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), era esperado, mas também justificou a ausência.

Por outro lado, o presidente da Alesp, André do Prado (PL), que assim como Nunes quer ser candidato a governador na ausência de Tarcísio, estava no palco. Ele não discursou e nem falou com a imprensa.

O PP aposta alto em Derrite e quer transformá-lo em uma liderança nacional no debate sobre a segurança pública. Para isso, o partido quer que o secretário coordene discussões na Câmara dos Deputados sobre o endurecimento da legislação penal e participe de seminários sobre o assunto. O deputado Luizinho (PP-RJ) chegou a dizer que seu sonho é que Derrite vá para o Rio de Janeiro resolver o problema do Estado. As informações são do portal Estadão.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A justificativa de Bolsonaro para não apoiar Tarcísio de Freitas à Presidência da República
Aumento do IOF reforça aposta em fim de ciclo de alta da taxa Selic
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada