Quarta-feira, 14 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 25 de agosto de 2023
O mundo registrou cerca de 1,5 milhão de novos casos da covid entre os dias 24 de julho e 20 de agosto, um aumento de 68% quando comparado ao total nos 28 dias anteriores. No mesmo período, foram aproximadamente duas mil mortes, uma queda de 48%. Os dados são da última atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No relatório, a organização destaca, porém, que os números não representam fielmente a realidade devido à significativa diminuição na testagem e no repasse das informações pelos países à OMS. Esses números, por exemplo, não englobam registros da região das Américas.
“Dados apresentados neste relatório são, portanto, incompletos e devem ser interpretados à luz dessas limitações”, diz o órgão. Cita ainda que “alguns países continuam a relatarem altas cargas pela covid, incluindo aumentos em casos recentemente notificados e, mais importante, aumentos em hospitalizações e mortes – estes últimos considerados indicadores mais confiáveis, dadas as reduções das testagens”.
Embora os registros oficiais de mortes tenham apresentado uma queda, o número de 49.380 hospitalizações relatadas entre 17 de julho e 13 de agosto representou um aumento de 21% em comparação com os 28 dias anteriores, aponta o relatório.
Variantes
O monitoramento da OMS mostra ainda as versões do vírus da covid que circulam globalmente. As sublinhagens da Ômicron XBB.1.16 e EG.5 – apelidada de Eris e detectada recentemente no Brasil – são as mais prevalentes.
“Na semana epidemiológica 31 (de 31 de julho a 6 de agosto de 2023), XBB.1.16 e EG.5 representaram 23,9% e 23,8% das sequências em comparação com 23,0% e 21,7% na semana 27 (3 a 9 de julho de 2023), respectivamente”, diz o documento.
Especialistas consideram que, assim como ocorreu com as outras subvariantes da Ômicron, a tendência é que a EG.5 se espalhe no País e provoque um aumento dos casos. Porém, acreditam que o provável é que novamente não tenha grandes impactos nas internações e óbitos.
No último dia 9, a OMS emitiu uma avaliação de risco sobre a Eris destacando que, baseado na evidência disponível, o risco é baixo, semelhante ao das cepas anteriores. “Não houve nenhuma alteração relatada na gravidade da doença até o momento”, disse.
O novo relatório da organização destaca a identificação da BA.2.86 que, embora tenha sido detectada em poucos casos e poucos países – EUA, Dinamarca, África do Sul, Israel e Reino Unido – chama atenção pela distância entre eles.
Essa subvariante tem se destacado devido ao alto número de mutações, mais de 35 quando comparado à linhagem anterior. Em avaliação de risco recente, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) disseram que ela “parece ser mais capaz de causar infecção em pessoas que já tiveram covid ou que receberam vacinas contra covid”. Mas destacou que “no momento, não há evidências sobre aumento na gravidade”.
Na atualização da OMS, o órgão diz que “o impacto potencial das mutações BA.2.86 é atualmente desconhecido e está atualmente sob avaliação cuidadosa. A OMS continua a apelar ao reforço da vigilância, sequenciação e notificação das variantes do SARS-CoV-2 à medida que o vírus continua a circular e a evoluir”.
Recomendações
– Frente à ameaça de uma nova onda devido às novas variantes da covid, especialistas destacaram as seguintes medidas:
– Completar o esquema vacinal com a dose bivalente, que amplia a proteção contra a Ômicron;
– Imunizar bebês, crianças e adolescentes. Hoje a vacina está disponível no Brasil para todos a partir de seis meses de idade;
– Fazer o teste da covid se estiver com sintomas gripais, como coriza, nariz entupido, espirros e tosse;
– Em caso de sintomas, utilizar máscara enquanto não sair o resultado. Se der positivo, cumprir as orientações de isolamento;
– Grupos vulneráveis, como idosos, imunossuprimidos e gestantes, considerar o uso de máscaras em locais de maior risco, como fechados, com aglomeração e mal ventilados.
No Ar: Pampa Na Madrugada