Sexta-feira, 16 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de maio de 2025
Com a possibilidade cada vez maior de o Congresso Nacional instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar descontos irregulares em aposentadorias e pensões no INSS, o Palácio do Planalto já avalia estratégias para tentar ter voz no colegiado.
O governo trabalhará para influenciar na indicação de integrantes da comissão e afastar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dos desgastes gerados pelos fatos investigados pela comissão.
Articuladores políticos de Lula querem influenciar no maior número possível de integrantes da CPMI.
Os senadores e deputados que compõem o grupo são indicados pelos líderes de partidos na Câmara e no Senado. Aliados de Lula já dão como certa a abertura da comissão, afirmam que não é mais o caso de trabalhar pela retirada de assinaturas e dizem ser preciso ter uma comissão “equilibrada” em relação ao número de integrantes da oposição, com parlamentares que tenham isenção e conhecimento técnicos sobre o INSS.
Para aliados do presidente, a oposição tentará associar a Lula aos descontos indevidos feitos por entidades de aposentados aos beneficiários do INSS, enquanto parlamentares próximos ao petista trarão o argumento de que foi o governo, com Polícia Federal e Controlaria-Geral da União (CGU), que trouxe o escândalo à tona e interrompeu os desvios.
Um dos pontos principais será tirar da conta política de Lula qualquer atraso ou demora em revelar o escândalo. Outra estratégia que já vem sendo desenhada é de que Lula não sabia das fraudes e que as irregularidades ocorriam “no andar de baixo” e iniciaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O governo também aposta na relação próxima que vem mantendo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para que a composição dos membros do colegiado não seja tomada por integrantes da oposição e vire palco de desgaste da gestão petista.
Lula e Alcolumbre viajaram três vezes juntos nas últimas semanas, para Japão, Vaticano e China. O petista tem buscado contemplar Alcolumbre em indicações políticas e costurou a troca o comando do Ministério das Comunicações, com a saída de Juscelino Filho e a entrada de Frederico de Siqueira Filho, diretamente com Alcolumbre. As informações são do portal O Globo.
No Ar: Pampa Na Madrugada