Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home Geral Cresce o número de brasileiros que migram para o Canadá

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Fazer um curso de ensino superior no Canadá é o caminho escolhido por muitos brasileiros que pensam em imigrar para o país. A formação em uma instituição canadense conta pontos no Express Entry, sistema online do governo para a candidatura de profissionais que confere uma pontuação para cada característica de quem pretende imigrar (idade e família no Canadá, por exemplo).

De acordo com dados do governo canadense, 11.420 brasileiros receberam a residência permanente no Canadá em 2021. Desse total, 43,5% imigraram para o país pela categoria Canadian Experience, um dos três programas do governo federal que fazem parte do Express Entry. Para se inscrever na categoria Canadian Experience, o candidato à imigração precisa comprovar experiência de trabalho no Canadá. Uma das maneiras de fazer isso é cumprindo a experiência após um período de estudo em determinados programas.

Na comparação de 2021 com 2019, o crescimento no número de brasileiros admitidos no Canadá (11.420) como residentes permanentes é de 115,9%, ante os 5.290 do último ano anterior à pandemia. Quando as fronteiras mundiais ainda estavam abertas, o número de imigrantes do Brasil no Canadá já crescia mais de 30% ao ano. Em 2020, apesar da queda com a pandemia, o Brasil apareceu pela primeira vez entre os dez países com mais residentes permanentes admitidos no Canadá (um total de 3.695), considerando os números oficiais desde 2011.

De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, os residentes no Canadá representavam a nona maior comunidade brasileira no exterior, com cerca de 121 mil pessoas em 2020. A residência mais frequente de brasileiros lá fora está nos Estados Unidos, que abriga 1,77 milhão de forma permanente.

Em média, os cursos têm duração de 15 meses, sendo metade do período atuando no mercado. Mas, como o MBA é em um college (faculdade) privado em Toronto, o trabalho no Canadá não contará pontos.

O país tem mais de 60 programas de imigração, explica Jan Wrede, diretor da CI Canadá. A empresa abriu essa divisão em 2017 no país, especificamente para assessorar brasileiros interessados em fazer cursos de ensino superior. “Tem federal, local, regional, rural, enfim, uma série de programas”, afirma. A CI já mandou cerca de 2,6 mil estudantes para fazer ensino superior no Canadá desde 2017, quando a demanda por esse tipo de curso passou a crescer ano a ano, até a interrupção em 2020 por causa da covid. Mas, durante a pandemia, apesar da incerteza mundial, a busca por ensino superior no Canadá continuou.

Aval

“O Canadá começou a ver os brasileiros porque os brasileiros começaram a vir para cá em um volume enorme, porque o país tem uma série de benefícios e é super seguro”, afirma Wrede. Pelo lado canadense, o interesse vem da demanda por mão de obra qualificada aliada ao perfil do profissional do Brasil. “O brasileiro tem características interessantes. O grau de iniciativa é alto, e nossa flexibilidade e sociabilidade são muito grandes. As escolas adoram os brasileiros. No homestay, acomodação em casa de família, é uma das poucas nacionalidades que ninguém renega.”

Os números da Associação Brasileira Especializada em Educação Internacional (Belta), que responde por cerca de 75% desse setor no Brasil, apontam que 11.132 brasileiros foram cursar programas em colleges ou universidades no Canadá em 2017 e 14.873 no ano seguinte. Em 2019, quando a desvalorização do real em relação ao dólar se acentuou, o total ficou em 9.357.

Já são mais de 15 anos em que o Canadá é o destino preferido dos brasileiros para cursos de intercâmbio, especialmente para o estudo de inglês, em Toronto ou Vancouver. Isso se reflete nos números da Languages Canada, instituição que reúne escolas de idiomas, colleges e universidades e recebe cerca de 150 mil estudantes por ano. O Brasil ocupa o primeiro ou segundo lugar entre as nacionalidades que buscam os 200 associados da organização para aprender inglês ou francês, de acordo com os dados desde 2016.

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