Sábado, 27 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de junho de 2023
No primeiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um aumento de 1,9%, posicionando-se como o quarto maior entre 50 nações avaliadas, de acordo com informações da agência Austin Rating. O desempenho brasileiro ficou à frente de países como Estados Unidos (1,3%), Chile (0,8%), Espanha (0,5%) e Reino Unido (0,1%). O maior crescimento no trimestre foi de Hong Kong, com 5,3%, seguido pela Polônia (3,8%) e China (2,2%). A análise tem como base o último trimestre de 2022.
Contudo, na projeção anual, espera-se que o aumento do PIB brasileiro seja inferior a 1,9%. O Boletim Focus do Banco Central, divulgado na última segunda-feira (29), apontava uma projeção de crescimento de 1,26% para o ano. Após a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que superou as expectativas do mercado, é provável que haja um leve ajuste para cima. A estimativa inicial do mercado para o primeiro trimestre era de 1,5%.
A Austin estima um crescimento anual de 1,4% para o Brasil, com base nos dados do primeiro trimestre. A China deve crescer 5,2%, Hong Kong 3,5% e Estados Unidos 1,6%. O principal responsável pelo resultado trimestral no Brasil foi o setor agropecuário, que apresentou um aumento de 21,6% no período – o maior índice em 26 anos, desde o último trimestre de 1996.
A economia brasileira ganhou impulso em comparação ao trimestre anterior. Nos três últimos meses de 2022, o PIB registrou uma queda de 0,1%, conforme dados revisados divulgados recentemente. Em comparação com o primeiro trimestre de 2022, o crescimento foi de 4%.
Ano difícil
Em seu relatório de abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fala que a esperança de que haveria uma recuperação suave do mundo em 2023 não está se confirmando. Em vez de inflação caindo e crescimento voltando, o mundo vê hoje uma inflação alta e tremores nos mercados financeiros, segundo o Fundo.
O FMI agora prevê que a inflação mundial — que foi de 8,7% em 2022 — deve cair para 7% ao final deste ano. Os níveis pré-pandêmicos de inflação e juros só viriam em 2025, de acordo com o Fundo.
A economia mundial vive um contexto de muita incerteza sobre o futuro. O mundo inteiro sofreu fortemente com a pandemia de coronavírus, que desde 2020 provocou desemprego e fechamento em massa de amplos setores da economia mundial.
Em alguns países, a recuperação foi relativamente rápida, e os níveis econômicos pré-pandemia foram restabelecidos.
No entanto, desde o ano passado, muitas dessas economias estagnaram. Isso se dá, em parte, por uma nova crise provocada desta vez por inflação alta. A pandemia desorganizou as cadeias internacionais de produção em um momento em que houve aquecimento do consumo no mundo todo, com o fim do momento mais drástico da pandemia. Com escassez de oferta, muitos preços dispararam.