Sexta-feira, 22 de Agosto de 2025

Home Geral Cúpula do clima: menos de 50 países confirmam presença na COP30, e ONU faz apelo ao Brasil

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Em meio a pressão sobre o alto preço das hospedagens em Belém, o Brasil divulgou nesta sexta-feira (22) que apenas 47 dos 196 países já têm hospedagem e confirmaram presença na COP30. Faltam 80 dias para o começo do evento.

Representantes da Casa Civil e da Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop) apresentaram o primeiro balanço dos países confirmados logo após uma reunião com delegações e a ONU.

No encontro, a organização da COP prestou esclarecimentos das sobre as condições de hospedagem e pedidos feitos pelos países. No mês passado, se tornou pública a carta de países que pressionavam o Brasil pelo alto custo das hospedagens, e cobravam medidas do Brasil.

Segundo a Casa Civil e a Secop, uma das demandas que continua sendo feita pelos países é de que a ONU aumente o subsídio para Belém. E, ao mesmo tempo, a ONU chegou a pedir para que o Brasil ajudasse pagando parte das hospedagens para os países em desenvolvimento. A proposta foi recusada.

Países confirmados

Segundo a organização, 39 países conseguiram hospedagens pela plataforma fornecida pelo governo federal – a maioria deles países em desenvolvimento. Os nomes não foram divulgados.

Outros oito países fecharam acordo diretamente com hotéis. São eles: Egito, Espanha, Portugal, República Democrática do Congo, Singapura, Arábia Saudita, Japão e Noruega.

ONU cobra o Brasil

O valor é listado por cidade e em Belém é de cerca de US$ 140, o valor para a diária inclui alimentação e hospedagem. Isso significa cerca de R$ 756. Segundo a organização da COP, em carta ao Brasil, a ONU teria pedido que o país subsidiasse as hospedagens aos países.

“O governo brasileiro se posicionou dizendo que já está arcando com custos significativos para a realização da COP. Por isso, não há como arcar com subsídio para delegações de outros países”, informou a secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

A secretária explicou que os países que não conseguem arcar com os custos teriam pedido à ONU o aumento do subsídio, mas que teriam tido a resposta de que esse era um processo burocrático. Então, sugerido essa solução.

O governo ainda ponderou que a ONU reconsiderasse, já que se houvesse uma mudança de local, que o subsídio pago teria que ser maior. Para se ter uma ideia, em São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo, é de mais de US$ 200.

“(…) Nós falamos claramente que o país não tem condição, mas que a ONU subir um pouco a contribuição. Em qualquer cidade do mundo eles apagariam, não estamos pedindo o que pagariam em Bohn, mas o que pagariam em São Paulo e no Rio de Janeiro”, explicou a secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

“Democracia”

O preço das hospedagens permanece um desafio. Na plataforma do governo federal, o menor preço de hospedagens é de US$ 350 dólares, cerca de R$ 1,9 mil o dia. Segundo a organização, há um esforço de negociação para encontrar preços mais realistas para os dias do evento.

O governo informou que a maioria das hospedagens na cidade é particular — não faz parte da rede hoteleira — e que sobre os preços tem tomado medidas como pedir a investigação de abuso, mas que “vivemos em uma democracia”.

“Somos uma democracia, temos limites de intervenção no setor privado. (…) Estamos negociando no limite para que os preços possam baixar em Belém”, explica Miriam Belchior.

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