Sábado, 14 de Junho de 2025

Home Política Datafolha: 36% acreditam que Janja atrapalha o governo Lula, enquanto 14% acham que a primeira-dama o ajuda

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Dados da pesquisa Datafolha divulgados nessa sexta-feira (13) mostram que, para 36% dos brasileiros, as ações da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, mais atrapalham que ajudam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 14% têm a percepção oposta: de que as atitudes de Janja mais ajudam a gestão do petista.

Outros 40% afirmam que o comportamento dela não faz diferença, ou seja, nem ajuda nem atrapalha, enquanto 10% dos entrevistados dizem não ter opinião formada sobre o assunto.

Ao longo do terceiro mandato de Lula, a primeira-dama já foi criticada tanto por aliados quanto por adversários de Lula por sua participação no governo, mesmo sem ter cargo ou mandato.

Um dos episódios mais recentes ocorreu após Janja pedir a palavra durante um jantar da comitiva brasileira com o presidente chinês, Xi Jinping, no mês passado, para abordar a atuação do TikTok. O caso teria provocado desconforto entre aliados do governo presentes na ocasião e despertou uma nova alta de menções negativas ao nome dela nas redes sociais, puxada pela oposição.

A pesquisa Datafolha também indica que o impacto da atuação da primeira-dama é visto de forma negativa por 40% dos homens. Já entre as mulheres, o índice é de 36%.

A percepção mais negativa sobre a atuação de Janja foi registrada entre eleitores com curso superior, grupo no qual 49% acham que a primeira-dama atrapalha mais o governo que o ajuda. O índice, no entanto, diminuiu para 34% entre quem tem ensino médio completo e para 26% entre os que completaram somente o fundamental.

O Datafolha fez 2.004 entrevistas presenciais entre 10 e 11 junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Menções negativas

Como mostrou o jornal O Globo, a percepção negativa sobre Janja tem sido puxada por episódios como o de Xi Jinping. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Palver, o comentário crítico ao TikTok feito por ela na ocasião resultou em 456 menções ao nome dela a cada 100 mil mensagens trocadas em grupos de WhatsApp monitorados, das quais 60% foram negativas. Em resposta à má repercussão do caso, a primeira-dama disse “não há protocolo” que a faça ficar calada.

Um segundo pico de citações ao nome dela, no entanto, foi registrado após ela defender a regulação das redes sociais com base no modelo chinês. Em participação no podcast “Se ela não sabe, quem sabe”, do jornal Folha de S.Paulo, Janja afirmou que naquele país existe prisão em caso de descumprimento das normas. No mesmo dia, foram contabilizadas pela Palver 154 citações ao nome da primeira-dama a cada 100 mil mensagens trocadas, das quais 35% negativas, 51,4% neutras e 13,6% positivas.

A data coincidiu com o lançamento de uma campanha de apoio a ela pelo PT, com o slogan #EstouComJanja. Na data, foram contabilizadas pela Palver 154 citações ao nome da primeira-dama a cada 100 mil publicações, das quais 51,4% foram neutras, 35% negativas e 13,6% positivas.

Ainda segundo a Palver, as reações chegaram mais próximas ao equilíbrio somente em 12 de fevereiro, quando ela se encontrou com o Papa Francisco. Na ocasião, 37,8% de menções foram positivas. O mesmo percentual foi registrado para referências neutras, enquanto as negativas foram 24,4%.

O número total de menções a ela, no entanto, foi menor (111). A nível de comparação, o maior pico de menções a Janja (1 mil a cada 100 mil menções) aconteceu após a primeira-dama atacar o empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), durante o G20 Social, em novembro do ano passado. (Com informações do jornal O Globo)

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