Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de outubro de 2025
De saída da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo
publicou um vídeo nas suas redes sociais afirmando que a sua demissão foi
acertada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa das eleições de
2026. “Eu estou saindo para ser candidato em 2026 e o Guilherme Boulos está
entrando, que não será candidato, para cuidar da gestão”, disse em vídeo
publicado nas redes sociais. O prazo máximo para desincompatibilização, no
entanto, é abril do ano que vem.
O ministro, que vinha sendo criticado pelo seu trabalho de articular o governo
com os movimentos sociais, fez um balanço positivo de seu trabalho — ele está no ministério desde a posse de Lula, em janeiro de 2023.
“Quero dizer que saio com a sensação da missão cumprida. Porque todas as propostas que o presidente assumiu nas urnas, na campanha eleitoral, todos os programas que foram discutidos e organizados na transição e todas as propostas que compõem o planejamento do governo do presidente Lula, no que concerne à participação social, estão sendo colocadas em prática. Ou já foram realizadas ou estão em processo de realização. Quero falar também que a palavra que eu tenho para dizer nesse momento é de gratidão. Gratidão ao presidente Lula. Desde 2015 que eu tenho uma aproximação com o presidente Lula”, disse Macêdo em vídeo publicado no X (antigo Twitter).
Macêdo fez sua carreira política no Sergipe, Estado pelo qual foi eleito deputado duas vezes. No anúncio feito na noite de segunda, 20, ele não especificou a qual cargo pretende ser candidato em 2026. Atualmente, o estado é governado por Fabio Mitidieri (PSD), que é aliado da gestão federal. Ele é mais próximo de Macêdo do que de outra liderança sergipana, o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
A saída de Macêdo para acomodar Boulos dentro da gestão petista já era dada como certa há semanas. O psolista foi candidato à prefeitura de São Paulo em 2024, mas foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno. A campanha foi marcada por polêmicos ataques do coach Pablo Marçal contra Boulos — o que rendeu ao guru algumas centenas de processos, inclusive na seara criminal.
Lula chegou a vir para a capital paulista para participar de alguns atos de campanha de Boulos, mas várias lideranças locais do PT não tiveram o mesmo empenho com a campanha. Depois da eleição, Boulos voltou para o cargo de deputado federal. Em 2022, ele foi o mais votado do Estado para o cargo, superando nomes como Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli (ambos do PL-SP). (Com informações do blog Maquiavel, da revista Veja)