Segunda-feira, 08 de Dezembro de 2025

Home Variedades Débora Falabella comemora sucesso no teatro, fala de novo projeto ao lado do marido e diz que lidar com a fama “não é fácil”

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Débora Falabella vai encerrando o ano com seis troféus nas mãos e muitas ideias na cabeça para 2026. Com o monólogo “Prima Facie”, ela conquistou os prêmios Shell, APTR (Associação de Produtores Teatrais do Rio de Janeiro), APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), Bibi Ferreira, Aplauso Brasil e Arcanjo. Recentemente participou do Festival de Teatro do Rio, e já se prepara para retornar aos palcos em janeiro, no CCBB de Salvador.

“Tenho vontade de fazer uma temporada popular em São Paulo e no Rio. De repente, rodar pelo interior também. Estou muito feliz de estar em cartaz há dois anos com uma peça para a qual não param de chegar convites. As pessoas querem assistir. É um privilégio. São raros os espetáculos que conseguem se manter por tanto tempo tendo o interesse do público. Quero rodar o Brasil, ir a lugares aonde a gente não foi”, planeja.

No espetáculo, a atriz vive uma advogada que sofre violência sexual. Ela fica quase duas horas no palco contando uma história que vai ficando cada vez mais pesada. Para dar conta do trabalho extenuante, Débora precisou mudar o estilo de vida:

“Não imaginava que a peça exigiria tanto de mim. Estou acostumada com palco. Tive uma companhia de teatro durante 18 anos. Sempre fiquei em cartaz durante muito tempo. Mas monólogo eu nunca tinha feito, principalmente com este volume de texto. Ao mesmo tempo, existe uma densidade dramática forte. Isso também cansa. Não é algo leve. Eu preciso estar muito bem fisicamente. Esses dois anos acabaram dando uma regulada na minha vida na questão da saúde. Preciso sempre estar fazendo exercício.”

Seu espetáculo anterior, “Neste mundo louco, nesta noite brilhante”, também abordou o tema estupro. No filme “Pele de rinoceronte”, rodado este ano e ainda sem data de estreia, a atriz interpreta uma jornalista que investiga casos de feminicídio. E, em “Terra e paixão”, novela de 2023, sua personagem, Lucinda, apanhava do marido:

“Estou me tornando uma pessoa hipersensível ao tema. Eu estou mais sensível às coisas que acontecem ao nosso redor, à própria maneira como a gente se coloca. Sofremos pequenas violências no trabalho, na vida, no dia a dia. Qualquer assunto relacionado a isso chega de uma forma bem forte. É angustiante muitas vezes, mas a gente tem que seguir, ficar com esse tema na nossa pele, sangrando. Para que estejamos sempre preparadas como mulheres. Venho de uma geração que viu a última onda de feminismo crescer muito, mas ainda presenciei várias coisas relacionadas ao machismo no ambiente de trabalho, em casa… Essas histórias também me levam para um outro tipo de consciência como mulher agora, nos meus 46 anos.”

Ainda em 2025, a atriz vai rodar o longa “A cuidadora”, em que contracena com Juliana Carneiro da Cunha e é dirigida pelo marido, Fernando Fraiha. Ela, que também atua como produtora, interpretará uma mulher que cuida da madrasta nos últimos dias da vida dela. Débora analisa os prós e contras da parceria com o companheiro:

“Acho que a gente está descobrindo. Eu tinha feito trabalho com ele quando não estávamos juntos. Conheci como diretor. Agora conheço intimamente. Tanto eu quanto ele precisamos ter um combinado grande. Ter cuidado um com o outro e muito respeito, para não ultrapassar um limite. A nossa relação é muito tranquila. Tenho uma liberdade bem maior talvez de falar sobre o que acho da personagem, sem amarras. Isso só ajuda.”

Sempre discreta em relação a assuntos pessoais, ela lembra que, no início da trajetória, sofreu com a exposição:

“Tem um momento da carreira em que essa coisa da fama é assustadora, principalmente quando você não está tão madura para lidar com isso. Claro que a qualquer momento pode acontecer algo e você ser exposta de uma forma ruim, mas a maturidade vai te dar segurança. Não é fácil, não é o normal da vida. Realmente tem que lidar e se expor até onde consegue dar conta. Acho que foi isso que eu fui descobrindo. A gente começa a entender que, quando uma novela está no ar, vai acontecer.” (Com informações do jornal O Globo)

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