Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de dezembro de 2025
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a ultrassonografia feita no domingo (14) confirmou a existência de duas hérnias inguinais na barriga do político e que vai reforçar o pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que ele passe por uma cirurgia em breve.
A hérnia inguinal (também chamada de hérnia na virilha) acontece quando os tecidos do interior do abdômen saem por um ponto fraco da parede muscular abdominal, formando uma espécie de abaulamento no local. Quando isso ocorre dos dois lados, ela é chamada de bilateral.
“Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de tratamento definitivo para o quadro”, afirmou um dos advogados de Bolsonaro.
O exame foi autorizado no sábado (13) pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O procedimento ocorreu nas dependências da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro está preso desde 25 de novembro. O exame foi feito pela própria equipe médica do ex-presidente.
Na semana passada, Moraes também determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica para atestar a real necessidade de cirurgia de Bolsonaro. Na decisão, o ministro questionou o fato de os exames apresentados pelos advogados terem sido feitos há mais de três meses.
No pedido enviado ao STF para realizar a ultrassonografia, os advogados incluíram um relatório médico informando a necessidade de tratamento cirúrgico para Bolsonaro. “Nas últimas semanas, tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços. Assim, torna-se necessário o tratamento cirúrgico sob anestesia geral”, dizem os médicos.
Os advogados de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente tem quadro de soluços que não cessam. “O sintoma já levou o peticionante ao hospital por episódios de falta de ar e síncope, revelando risco real de descompensação súbita e hoje, conforme agora informando, exige intervenção cirúrgica”, sustentou a defesa.
Segundo os advogados, “houve novas intercorrências médicas que demandam a pronta atenção” do STF ao estado de saúde do ex-presidente.