Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

Home em foco Defesa de Bolsonaro pede que Alexandre de Moraes rejeite solicitação da Procuradoria-Geral da República para identificar seguidores do ex-presidente nas redes sociais

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicite junto às redes sociais a identificação de usuários apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a PGR, a ideia não é investigar os seguidores, mas mapear o alcance de postagens de Bolsonaro com informações falsas sobre as eleições e as urnas eletrônicas.

“Essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais”, escreveu o Ministério Público em nota.

Mas os advogados do ex-presidente alegam que a solicitação da PGR demonstra uma “patrulhamento ideológico” contra Bolsonaro.

“De fato, ao pretender ver o presente inquérito abastecido com a identificação de todos os quase cinquenta milhões de seguidores do ex-presidente em suas redes sociais, a mensagem subliminar que se tem colocada a este enorme público é evidentemente de que, tantos quantos tenham exercido livremente seu direito de acompanhar a movimentação eletrônica dos perfis de uma figura de inegável expressão política como o ex-presidente Bolsonaro, poderão, futura e oportunisticamente, vir a serem questionados por tal opção”, escreveu a defesa.

Segundo os advogados que representam Bolsonaro, o pedido “causa espécie e grande preocupação com o exercício da liberdade de pensamento e opinião” ao requerer os dados dos seguidores.

“Tal informação não guarda qualquer conexão lógica com o fato em apuração – sobre o qual o presidente já prestou declarações, esclarecendo todas as circunstâncias –, tratando-se de inaceitável e absurda tentativa de monitoramento político”, diz um comunicado emitido na manhã dessa terça-feira (18).

Os advogados reiteram, ainda, que o ex-presidente “jamais incitou, induziu ou teve participação em quaisquer dos atos havidos na Praça dos Três Poderes, no dia 08/01, em relação aos quais fez ou faz questão de posicionar-se de forma discordante”.

Urnas

No ofício a Moraes, a PGR também requereu que o ministro mande as redes sociais preservarem a “integralidade” das postagens de Bolsonaro sobre urnas eletrônicas, eleições, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (STF) e Forças Armadas.

O pedido da PGR foi feito dentro do inquérito que investiga atos extremistas de 8 de janeiro.

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