Sábado, 27 de Abril de 2024

Home em foco Deputado articula investida de Sergio Moro em redutos bolsonaristas

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Enquanto os tucanos adentram a reta finalíssima de suas prévias presidenciais mais divididos do que nunca, Sérgio Moro, com uma semana de intensa visibilidade, segue despertando atenções e abrindo canais de diálogo, inclusive em São Paulo, comandado pelo PSDB, e para além do seu Podemos: aspirante ao posto de coordenador paulista da campanha do ex-juiz, Júnior Bozzella (PSL, futuro União Brasil) tenta fechar agenda para Moro em redutos onde Jair Bolsonaro foi bem votado. “Abrirei frentes e construirei pontes”, afirma o deputado federal. A expectativa é de que Moro funcione como um tipo de ímã para os “lavajatistas” espalhados por diferentes partidos.

Há olhinhos brilhando para Moro não apenas no futuro União Brasil, mas também no Patriotas, no Novo e até no PSDB. Se o futuro presidenciável tucano não decolar, o ex-juiz estará para as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País como Lula (PT) está para o Norte e Nordeste.

Um veterano da direita assevera: tem mais gente (parlamentares, inclusive) hoje com Sérgio Moro do que no projeto montado em torno de Jair Bolsonaro em 2018.

De imediato, Moro surge como tábua de salvação para o grupo do União Brasil que não quer ver o partido com Bolsonaro. Afinal, ninguém confia muito em Bivar e ACM Neto.

O tour de Junior Bozzella, deputado federal (PSL-SP), com Moro pelo interior paulista deve começar pelo Hospital do Câncer, de Barretos. Bozzella é parlamentar importante de seu partido no Estado. Quando esteve com o ex-juiz Sérgio Moro, na pauta, conversas sobre o conjuntura econômica e cenários eleitorais para 2022.

E Valdemar Costa Neto aguarda o retorno do presidente ao Brasil para marcar a filiação de Bolsonaro ao PL. Caciques do partido esperam ver Onyx Lorenzoni e Rogério Marinho nesse combo planaltino.

Aliança 

O Palácio do Planalto e o grupo político de Jair Bolsonaro já têm pronto o discurso para justificar a filiação do presidente ao PL, partido comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos principais expoentes do Centrão. Três anos após ser eleito com ataques à velha política simbolizada por esse bloco, Bolsonaro adaptou a retórica anticorrupção para defender a entrada no PL.

Quem deu o tom da nova estratégia foi o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), entusiasta do acordo com o partido de Costa Neto, político condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro após o escândalo do mensalão. “Isso é cicatriz. Ele já pagou o que tinha que pagar. Está quites, zerado”, disse Flávio.

Pelo menos dois ministros devem seguir Bolsonaro em sua provável ida para o PL: Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Filho “01” de Bolsonaro, o senador participou de todas as negociações até agora com o objetivo de descobrir uma legenda para abrigar o grupo, já que o plano de criar o Aliança Brasil não deu certo. Desde que deixou o PSL, há dois anos, o presidente está sem partido.

O acordo com o PL deve ser fechado nos próximos dias, após idas e vindas ocasionadas, principalmente, por causa de divergências na montagem de palanques em São Paulo e em Estados do Nordeste.

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