Terça-feira, 12 de Novembro de 2024

Home em foco Deputado federal cassado, Deltan Dallagnol poupa Bolsonaro: “Não vou ficar aqui dividindo a direita”

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O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), mais uma vez, poupou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de críticas. Em entrevista ao Roda Viva na noite de segunda (29), o parlamentar afirmou que não pensa “duas vezes” na hora de defender o ex-mandatário. Cassado há duas semanas por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dallagnol também minimizou os atos do ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres, investigado por suposta omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro, e do ex-deputado Daniel Silveira, que está preso.

“Em relação ao Bolsonaro, não concordo com tudo que ele diz, com tudo que ele fez. Não vou ficar aqui dividindo a direita. Minha posição não é de dividir a direita”, disse Dallagnol ao ser questionado sobre as recentes investigações que envolvem o nome do ex-presidente.

Em contrapartida, Bolsonaro não prestou solidariedade a ele após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassação de seu mandato.

Dallagnol exaltou ainda a política econômica do governo de Bolsonaro:

“Eu vejo um país que teve uma balança comercial recorde em 2021 e 2022, superando todos os anos anteriores. Eu vejo um país que reduziu a pobreza em 2020, durante a pandemia. Vejo um governo que fez reforma previdenciária, reforma do saneamento e independência do Banco Central, que agora está sendo atacada.”

Durante a entrevista, o ex-procurador elogiou ainda nomes do bolsonarismo. De acordo com o deputado, o ex-ministro Anderson Torres ficou preso sem motivo. A detenção de Torres ocorreu após os atos golpistas do dia 8 de janeiro por suspeita de omissão enquanto secretário de Segurança do Distrito Federal.

Outro aliado que foi defendido por Dallagnol é Daniel Silveira, ex-deputado preso em Bangu 8 desde fevereiro deste ano. Segundo o ex-procurador, os ataques antidemocráticos proferidos à Suprema Corte não justificam a penalidade e Silveira deveria ter apenas perdido o seu mandato no ano passado.

Sobre o presidente Lula (PT), Dallagnol não poupou ataques:

“Lula traz uma imagem de um estado totalizador, um estado que entra nas liberdades individuais, quando quer, por exemplo substituir um Uber por Correio, entra na liberdade econômica, quando quer censurar as redes sociais. Tem uma percepção, a meu ver, absolutamente equivocada do indivíduo, quando tem uma política de vitimização do criminoso, de “bandidolatria”, uma visão de mundo que justifica fins pelos meios, a ponto de apoiar ditaduras.”

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